Segunda, 24 Junho 2019 03:57

O Amor - Revolução Sexual da Mulher

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Distintos cavalheiros e damas, esta noite dirijo-me a todos com o propósito de falar, de forma enfática, sobre isso que se chama amor. Escolhemos este tema por se tratar do dia de São Valentim, o patrono do amor.

Indubitavelmente, São Valentim foi um grande Mestre do amor. Ele fundou uma escola denominada "Os Valentinianos". Foi gente que se dedicou ao estudo do esoterismo crístico em todos os seus aspectos. Por isto, dirijo-me a vocês, de forma precisa para falar-lhes sobre o milagre do amor.

Em nome da verdade, tenho de dizer que o amor começa com um cintilar de simpatia que se substancializa com a força do carinho e se sintetiza em adoração.

Amar, quão belo é amar! Somente as grandes almas podem e sabem amar.

Para que haja amor, é preciso que haja afinidade de pensamentos, afinidade de sentimentos e preocupação mental idêntica. Em suma, vem a ser a consagração de duas almas ávidas de expressar, de forma deduzível, o que interiormente vivem.

O ato sexual vem a ser a consubstanciação do amor no organismo psicológico de nossa natureza. Um matrimônio perfeito é a união de dois seres: um que ama mais e outro que ama melhor.

O amor é a melhor religião acessível. Hermes Trismegisto, o três vezes grande Deus Íbis de Thot, disse: Dou-te amor, no qual está contido todo o summum da sabedoria.

Quão nobre é ser amado! Quão nobres são o homem e a mulher quando,na realidade estão unidos por um vínculo de amor! Um casal de namorados se torna místico, caritativo, prestativo... Se todos os seres humanos vivessem enamorados, reinaria sobre a superfície da terra a felicidade, a paz, a harmonia e a perfeição.

Certamente, um lenço, uma fotografia, um retrato, provocam no enamorado estados de êxtase inefáveis. Em tais momentos, sente que comunga com sua amada, ainda que se encontre demasiado distante.
Assim é isso que se chama amor.

Nos Estados Unidos, e também na Europa, existe uma ordem denominada A ORDEM DO CISNE. Os filiados a essa ordem estudam e analisam, de forma profunda, todos os processos científicos relacionados com o amor.

Quando o casal está real e verdadeiramente enamorado, ocorrem dentro de seu organismo transformações maravilhosas. O amor é uma efusão ou uma emanação energética que brota do mais fundo da consciência. Essas radiações do amor estimulam as glândulas endócrinas de todo organismo, que produzem milhões de hormônios que invadem os canais sangüíneos, enchendo-os de extraordinária vitalidade.

Hormônio vem de uma palavra grega que significa "ânsia de ser, força de ser". Bem pequenos são os hormônios, porém... quão grandes poderes têm para revitalizar o organismo humano!

Na realidade e, de verdade, qualquer um se assombra ao ver um ancião decrépito, quando se enamora. Então, suas glândulas endócrinas produzem hormônios suficientes, como que para revitalizá-lo e rejuvenenescê-lo totalmente.

Amar, quão grande é amar! Somente as grandes almas podem e sabem amar.

O amor em si mesmo é uma força cósmica, uma força universal que palpita em cada átomo e em cada sol. As estrelas também sabem amar. Observemo-las nas deliciosas noites de lua cheia. Elas se aproximam entre si e, às vezes, se fundem ou se integram totalmente. Uma colisão de mundos, exclamam os astrônomos. Mas, na realidade e, em verdade, o que aconteceu foi que dois mundos se integraram pelos laços do amor.

Os planetas de nosso sistema solar giram ao redor do sol, atraídos incessantemente por essa maravilhosa força do amor.

Os átomos dentro das moléculas também giram ao redor de seus centros nucleares, atraídos por essa formidável força do amor.

Observemos o cintilar dos mundos no firmamento estrelado. Comungam entre si, com seu cintilar luminoso. As ondas de luz, as raadiações, são o suspiro do amor. Há amor nas estrelas e na rosa que lança no ar seu perfume delicioso

O amor em si é profundamente divino, terrivelmente divino. Nos tempos antigos, sempre se rendeu culto ao amor e à mulher. Não sabem que a mulher é o pensamento mais grandioso do criador feito carne, sangue e vida? Realmente, a mulher foi feita para uma sagrada missão: a de nos trazer a este mundo, a de multiplicar a espécie.

A maternidade em si é grandiosa. No antigo México, sempre existiu uma divindade consagrada precisamente àquelas mulheres que morriam durante o parto. Dizia-se que elas continuavam na região dos mortos com a sua criatura nos braços. Afirmava-se de forma enfática que, depois de certo tempo, entravam em Tlalocan, o Paraíso de Tlaloc.

Realmente, no México asteca sempre se rendeu culto à mulher, ao amor e à maternidade. Por isto, a mulher que morria no parto era considerada por todos como uma verdadeira mártir que entregou sua vida em nome da grande causa.

Amar é algo inefável, divino. Amar é um fenômeno cósmico extraordinário. Na região do amor, reina somente a felicidade. Um casal em cópula sexual é um ato de verdadeiro amor. As mais divinas forças da natureza os rodeia. Aquelas forças criadas no cosmos acorrem novamente para voltar a criar. Nestes momentos, o homem e a mulher são verdadeiros deuses, no sentido mais completo da palavra. Podem criar como deuses. Eis aqui o grandioso do amor.

São extraordinárias as forças cósmicas que rodeiam o casal durante o ato sexual numa câmara nupcial. Porém, essas forças extraordinárias, podem se perder, podem ser desperdiçadas no holocausto do prazer animal que anima a conduta do humanóide intelectual. Se, na realidade, se respeitasse a força maravilhosa do amor, quanto bem se faria ao casal.

O homem deve ser uma essência inicial de força de criação e, a mulher, o poder receptivo formador de qualquer criação.

O homem é como o furacão. A mulher é como o vento silencioso das pombas nos templos e nas torres.

O homem em si mesmo tem a capacidade para lutar. A mulher em si mesma tem a capacidade para se sacrificar.

O homem em si mesmo tem a inteligência necessária para o viver. A mulher tem a ternura que o homem precisa quando volta diariamente do seu trabalho.

Assim que, ambos, homem e mulher, são as duas colunas do templo. Estas colunas não devem estar demasiado longe, nem demasiado perto. Deve haver um espaço como que para o amor passar pelo meio delas.

Additional Info

  • Complexidade do Texto: Avançado
Read 973 times Last modified on Domingo, 26 Julho 2020 20:25