Na Lemúria, velho continente situado outrora no Oceano Pacífico, rendia-se culto ao amor. Houve, na realidade, no continente Mu, dois procedimentos sexuais, ou duas formas de reprodução.
Na primeira metade daquelas eras, as raças humanas eram conduzidas pelos Kummaras. Existiam certos templos onde se recebia o sagrado sacramento do sexo. O sexo era, então, um sacramento. Somente em determinadas épocas a raça humana era conduzida pelos Kummaras até os afastados santuários. Eram realizadas longas viagens em determinadas épocas do ano. Tudo isso com o propósito de reproduzir a espécie. Ainda hoje, como uma lembrança daquelas viagens, como uma reminiscência, ficaram as viagens de lua-de-mel.
Nos emparedados pátios dos sagrado templos do continente lemuriano, sob a direção dos sábios Kummaras, homens e mulheres uniam-se para criar e tornar a criar. O ato sexual era, então, santíssimo e não existia a morbosidade de nossos dias. As pessoas ainda não tinham entrado no processo involutivo descendente da degeneração sexual. O sexo era olhado com profundo respeito. A mulher era sagrada. Ninguém se atreveria a profanar a mulher sequer com o olhar. Como já disse, ela é o mais belo pensamento do criador feito carne, sangue e vida.
Dizem os velhos pergaminhos, sagrados papiros que ainda existem em alguns lugares da Terra, que, nos tempos da Lemúria, as pessoas se reproduziam pelo poder do Kriya shakti, isto é, pelo poder da vontade e da ioga. Aqueles que tenham conhecido alguma vez a ciência dos tantras saberão a que estou me referindo.
Pareceria exagerado, porém me limito unicamente a comentar o que dizem os textos e as tradições antigas, o que está escrito em alguns papiros e em muitos livros que existem atualmente no Tibete oriental.
Ao chegar a esta parte, devemos lembrar que Sigmund Freud, em sua psicanálise, diz que é possível transmutar a libido sexual e sublimá-la. O professor Sigmund Freud de Freiberg, filho da Áustria, foi na realidade e, de verdade, uma eminência. Promoveu toda uma inovação dentro do próprio terreno da medicina. Os mesmíssimos doutores o comentaram e muitíssimas escolas o aceitaram. Outras, porém, o rechaçaram. Conta-se que em Berlim, na Alemanha, antes da Segunda Guerra Mundial, o füherer mandou queimar, entre tantos outros livros, também as obras de Sigmund Freud. Eu me limito, pois, aos fatos, a comentar o que tanto se disse em alguns textos.
Em todo caso, os lemurianos trabalhavam, diríamos, com o sistema de Freud, sublimavam a libido sexual. Inquestionavelmente, tiveram grandes poderes cósmicos; tudo na vida era por eles pressentido.
O Super-Homem, tal como é citado por Friedrich Nietzsche em sua obra intitulada ASSIM FALAVA ZARATUSTRA, nós gnósticos, pensamos que esse Super-Homem realmente existiu no continente Mu. Não me refiro a um indivíduo em particular, refiro-me a todos os habitantes da Lemúria. Foi-nos dito que não existia a dor no parto, que as mulheres ganhavam seus filhos sem dor. Não só o Gênese nos fala muito brevemente sobre isso, mas também muitos livros religiosos e diferentes autores. Limitamo-nos a comentar, repito, essas questões, respeitando, como é natural, o conceito de todos.
Na realidade e de verdade, damos o ensinamento e damos plena liberdade ao auditório para que com sua mente aceite, rechace ou interprete esta doutrina como bem quiser. Nestes precisos instantes, unicamente faço lembrança dos lemurianos, no que se atenha ao sexo.
Viviam entre dez e quinze séculos. Eram homens de alta estatura. Tinham até quatro metros de altura e, as mulheres, um pouquinho mais medianas de corpo, eram também gigantes como eles. Falavam um idioma que se perdeu. Quero me referir, de forma enfática, ao idioma universal. Era um idioma extraordinário, pretor como diriam em tal idioma, isto é, superior. Obviamente, tal idioma tem sua gramática cósmica. Conheço esse idioma e se o conserva, por tradição, em alguns lugares secretos e lugares reservados.
Naqueles tempos, não se precisava dizer buenos dias, como dizemos hoje na língua espanhola, good morning ou simplesmente morning, em inglês, ou ainda bonjour monsieur, em francês. Não. Apenas se dizia suavemente aibu e o outro repetia, pondo as suas mãos sobre o coração, aibu, que é mesma coisa. É um idioma que tem sua gramática e seus caracteres gráficos. Vocês podem observar que os chineses, por exemplo, têm seus caracteres, os quais são bastante difíceis de entender e compreender. Os gregos também têm seus caracteres, bem como os há no sânscrito ou no sufi. Os caracteres são múltiplos e foram conservados até bem pouco tempo.
Pois bem, em todo caso, quem souber ler esses caracteres, quem os entender, terá e possuirá, obviamente, grande erudição e estará capacitado para entender certos textos que pertenceram à Lemúria.
Há pouco brindaram-me, no Tibete Oriental, precisamente com um texto em sânscrito e o tenho em meu poder. Inquestionavelmente, não pude encontrar alguém que o entendesse. Está escrito em caracteres sânscritos.
Por volta daquela época, dizem esses velhos textos em caracteres antigos que a humanidade não pensava como nós agora, pois viviam de dez a quinze séculos e falavam na linguagem universal que, como já lhes disse, se perdeu. Através do tempo, foram se corrompendo as diferentes palavras dessa linguagem e, dessa corrupção, nasceram todos os idiomas que existem hoje sobre a superfície da terra. No entanto, posso adiantar-lhes que aquela linguagem se assemelha muito com esses ruídos do chinês. Parece que a fonética da linguagem universal e o chinês são similares. Estudei ambas fonéticas e me pareceram praticamente uniformes. Os chineses, vocês terão visto, quando conversam o fazem com um certo canto. Não é uma linguagem seca como a que usamos; a linguagem universal tem a sua sinologia.
No entanto, há uma diferença notável entre o chinês e a linguagem universal. Refiro-me, de forma enfática, aos poderes psíquicos contidos no idioma lemuriano.
Atuava diretamente sobre o fogo, o ar, asa águas e a terra. Velhas e antiquíssimas tradições dizem que os lemurianos tinham poder sobre os elementais da natureza. Isto é o que poderíamos denominar o super-homem citado por Friedrich Nietzsche em seu Zaratustra. Entendo que esses poderes eram devidos especialmente porque os lemurianos não eliminavas ou extraíam de seu organismo o esperma sagrado, isto é, que unicamente transmutavam ou sublimavam, tal como ensinaram Brown Sequard, grande cientista norte-americano em seus experimentos, e Krumm-Heller, médico e professor da Faculdade de Medicina e também médico e coronel de nossa pátria mexicana. Não há dúvida que eles conheceram esse sistema na Lemúria e o preconizaram em seus livros. Bastaria a nós lermos os estudos de um Brown Sequard ou de um Krumm-Heller para poder corroborar com esta classe de afirmações científicas.
Obviamente, o ens seminis transforma-se em energia e esta vem a revitalizar todo o organismo humano. Entendo que tal tipo de energia é muito fino e que as ondas energéticas do sexo põem em atividade os poderes ingentes que se acham latentes nas glândulas pineal, pituitária, tireóides, paratireóides, etc. Não quero com isto assentar dogmas nem nada ao estilo. Unicamente refiro-me a dados que estudamos e que hoje comentamos com vocês, posto que estamos em uma sala de cultura intelectual. Entendo que aqui há gente culta que pode perfeitamente aceitar ou rechaçar estas afirmações. Unicamente, limito-me a comentar.
Viver de dez a quinze séculos seria inconcebível para nós. No entanto, a Bíblia afirma que Matusalém viveu 900 anos. Isto nos deixa pensar um pouco. Em todo caso, entendo que o sistema lemuriano deu bons resultados, pois aquela gente vivia longa vida. Ademais, possuíam faculdades extrasensoriais. Os lemurianos não viam o mundo físico como nós o vemos. Para eles, o ar era de diferentes cores, as montanhas eram transparentes e aqueles deuses, dos quais falavam tanto, eram obviamente perceptíveis para seus sentidos de percepção interna.
Indubitavelmente, as pessoas de psique tridimensional não aceitariam jamais as extrapercepções. Porém, recordemos que também nos tempo de Galileu nunca se aceitou que a Terra fosse redonda e que se movesse. Quando Galileu o afirmou, quiseram-no queimar vivo. Foi julgado pela Inquisição. Pondo-o diante da Bíblia, disseram-lhe que se não jurasse e se retratasse, seria queimado vivo na fogueira. E houve o processo... Jura você que a Terra não é redonda e que não se move? Respondeu: O juro. Peur se mouv, se mouv. Isto é, mas que se move, se move. Por ter dito isto, por ter feito o juramento dessa forma, não o queimaram vivo. Houve um pouquinho de compaixão para com ele. Limitaram-se a metê-lo num cárcere e isso foi tudo.
Assim que, na realidade e de verdade, o universo oferece-nos sempre casos insólitos, coisas que no princípio alguém rechaça porque lhe parecem absurdas, mas que, mais tarde, terá de aceitar.
Os lemurianos, devido precisamente a sua forma religiosa e a sua cópula química especial, gozaram de faculdades que os seres humanos desta época desconhecem. Eles podiam ver perfeitamente as dimensões superiores da natureza e do cosmos.
Hoje em dia, os seres humanos não vêem a terra tal como é e, sim, como aparentemente é. Nosso planeta Terra é multidimensional. Isto está matematicamente demonstrado, porém, na realidade e de verdade, a maioria das pessoas não o aceitam. Cada um é livre para pensar.
Infelizmente, os intelectuais desta época estão engarrafados no dogma tridimensional de Euclides. Esse dogma sempre foi muito discutido. É claro que já está passando da moda!
Homens muito sábios escreveram obras extraordinárias de matemática que se relacionam, de uma ou de outra forma, com a quarta coordenada. Respeita-se esses homens e ninguém se atreve a discordar deles, porém as pessoas ainda se mostram céticas. Sem dúvida, bem valeria que os intelectuais conhecessem a fundo e profundamente aquela obra intitulada ONTOLOGIA DA MATEMÁTICA.
Os lemurianos, quando levantavam seus olhos às estrelas, podiam se comunicar com os habitantes de outros mundos. Para eles, a vida em outros planetas do sistema solar era uma realidade. A pluralidade dos mundos habitados preconizada por Camille Flamarion era um fato para a raça lemuriana.
Na Lemúria, rendia-se culto ao divinal: o grande Alaya do universo, a isso que os chineses chamaram o TAO, a isso que os gnósticos denominam de INRI, a isso que é, que sempre foi e que sempre será. Obviamente, eles compreendiam que não pode existir nada na criação sem um princípio diretivo inteligente. Por isso, antes da cópula química, eles adoravam ao Eterno.
Com o tempo, pouco a pouco, a raça lemuriana foi degenerando.
Existiam cidades enormes, cidades ciclópicas. As muralhas daquelas cidades foram levantadas com lava de vulcões. Em tais cidades, morava uma civilização extraordinária. Existiram naves que dirigiam-se a cada um dos planetas do sistema solar.
Nossa moderna civilização, com seus famosos foguetes que gregos e troianos fazem descer na Lua, na realidade, não é a primeira nem será a última das civilizações. Em verdade, necessita-se compreender que no mundo existiram diversas civilizações e que a nossa não é a única.
Os lemurianos tiveram uma grande civilização, repito. Eles não temiam a morte. Sabiam muito bem ou conheciam muito bem, de forma direta, o dia e a hora de sua morte. Quando esse dia chegava, deitavam-se em seu sepulcro, o qual eles mesmos o faziam com suas próprias mãos, e bem sorridentes passavam para a eternidade. Os valores psíquicos não desapareciam da vista dos familiares. Obviamente, então não havia dor.
Assim o comentaram velhos e antigos textos e eu, por minha vez, me permito dialogar com vocês sobre estas coisas porque vejo que compareceram aqui de forma compreensiva. É claro que nem todos que escutam estarão de acordo com o que estamos afirmando. Seria absurdo se eu supusesse por um momento que todos que estão neste auditório aceitam ou aceitariam estas afirmações. Porém, os que na realidade e de verdade sabem escutar, compreendem muito bem que tudo é possível no universo. O número das possibilidades é sempre infinito e se alguém comenta sobre textos antigos, bem vale a pena escutá-lo, é óbvio!
Digo que os lemurianos depois involuíram no tempo e suas faculdades de percepção foram se atrofiando lamentavelmente. Contam muitas tradições que, depois de algum tempo, os lemurianos começaram a copular fora dos templos e se rebelaram contra a direção dos Kummaras. Tomaram o ato sexual por sua conta, assim declaram alguns tratadistas. Como conseqüência ou corolário, perderam suas faculdades transcendentais.
Posteriormente, quando a raça lemuriana, em todos os rincões daquele gigantesco continente que outrora cobriu o oceano Pacífico, tentava entrar nos templo, os sacerdotes ou hierofantes os expulsavam dizendo: Fora indignos! Foi então quando, na realidade e de verdade, o homem saiu do paraíso terrestre com sua mulher por ter comido do fruto proibido , o qual lhe estivera vedado em outros tempos.
Em verdade, digo o seguinte: Adão são todos os homens daquela época antiga e, Eva, todas as mulheres. Quando se comeu da fruta proibida, homens e mulheres foram expulsos dos Templos de Mistérios. Suas faculdades se atrofiaram e o homem teve então de trabalhar duramente para sustentar a sua mulher e aos seus filhos... E a mulher teve de trazer seus filhos ao mundo com dor.
Isto que estou dizendo está muito bem documentado entre os nahuatls, entre os maias e em muitos povos da Ásia sempre se falou o mesmo. Tenho visto códices onde aparecem figuras, onde o que estou dizendo aparece representado em figuras. Investiguei cuidadosamente tais códices. Assim, pois, o que estou dizendo tem documentação. Repito que não obrigo ninguém a acreditar, porém valeria a pena que os estudiosos investigassem um pouco sobre os maias, toltecas, zapotecas, etc.
Que o ser humano involuiu, sim! Isto está mencionado ou citados nos livros antigos.