Segunda, 06 Julho 2020

A Verticalidade da Existência

Escrito por Samael Aun Weor
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O Sonho de Jacob, óleo sobre tela de Salvator Rosa, c. 1665 O Sonho de Jacob, óleo sobre tela de Salvator Rosa, c. 1665 Salvator Rosa / Domínio público

Qual é o objetivo real de nossa existência? Para que estamos aqui? Por quê? Isso é algo que devemos elucidar com claridade meridiana, algo que devemos sopesar, analisar, examinar serenamente.

Com que objetivo vivemos no mundo? Sofremos o indizível, para que? Lutamos para conseguir isso que se chama “pão, roupa e refúgio” e, depois de tudo, como ficamos? Em que resultam todos os nossos esforços? Viver por viver, trabalhar para viver e depois morrer é por acaso uma coisa maravilhosa? Em verdade, amigos, se faz necessário compreender o sentido de nossa existência, o sentido do viver.

Existem duas linhas na vida, uma que poderíamos chamar de HORIZONTAL e a outra de VERTICAL; e formam cruz dentro de nós mesmos, aqui e agora, nem um segundo antes, nem um segundo depois. Necessitamos objetivar um pouco essas duas linhas.

A HORIZONTAL começa com o nascimento e termina com a morte; diante de cada berço existe a perspectiva de um sepulcro; tudo o que nasce deve morrer... Na Horizontal estão todos os processos do nascer, crescer, reproduzir-se, envelhecer e depois morrer; na horizontal estão todos os vãos prazeres da vida, bebidas, fornicações, adultérios, etc.; na horizontal está a luta pelo pão de cada dia, a luta para não morrer, para existir sob a luz do Sol; na horizontal estão todos esses sofrimentos íntimos da vida prática, no lar, na rua, no trabalho, etc.; a linha horizontal não pode oferecer-nos nada de maravilhoso...

Mas existe outra linha diferente; nos referimos à VERTICAL. Nesta Vertical extraordinária, nesta escada maravilhosa, estão os distintos NÍVEIS DO SER, estão os poderes transcendentais e transcendentes do ÍNTIMO; na Vertical estão os poderes esotéricos, os poderes que divinizam, a Revolução da Consciência, etc.

Com as forças da Vertical nós podemos influenciar decisivamente sobre os aspectos horizontais da vida prática, podemos mudar totalmente nosso próprio destino, fazer de nossa vida uma coisa diferente, distinta, passar a ser algo totalmente diferente do que temos sido, do que somos, do que temos conhecido nesta amarga existência.

A Vertical é, portanto, maravilhosa, revolucionária por natureza; mas é necessário ter um pouquinho de inquietudes.

Antes de mais nada perguntamo-nos, e com isso perguntamos a nosso caro leitor: estamos por acaso contentes com o que somos? Quem se sente feliz, no sentido mais completo da palavra? Quem se sente, realmente, plenamente feliz?

Devemos ser sinceros, nenhum de nós pode dizer que se sente em um oásis de bem-aventurança, temos inquietudes terríveis, dissabores, ansiedades, amarguras, sofremos muito e nosso coração palpita com uma intensidade tremenda...

Necessitamos sair desta lama em que nos encontramos. Necessitamos, de verdade, mudar radicalmente; e isto só será possível se apelarmos aos poderes transcendentais da Vertical.

Quando alguém, que anda pela Horizontal, se lembra de si mesmo, de seu próprio Ser (sua realidade íntima); quando alguém se pergunta: “Quem sou? De onde venho? Para onde vou? Qual é o objetivo da existência?” ... indubitavelmente esse alguém entra pela senda Vertical, a senda da Revolução da Consciência, a senda que conduz ao Super-Homem.

Chegou a hora do Super-Homem; o animal intelectual realmente não é mais que uma ponte estendida entre o animal inferior e o Super-Homem. Necessitamos converter-nos em verdadeiros reis da criação, em amos de nós mesmos, em senhores de tudo o que é, de tudo o que foi e de tudo o que será...

É urgente uma mudança, uma transformação total; urge sair o quanto antes desse lamaçal, deste caos em que nos encontramos e no qual nos debatemos miseravelmente.

As leis da Terra jamais poderiam dar-nos a paz; as leis da Terra nunca poderiam dar-nos a autêntica felicidade que transforma radicalmente; as leis da Terra nunca poderiam dar-nos a liberdade.

Assim, é urgente meter-nos pelo CAMINHO VERTICAL, que está dentro de nós mesmos, aqui e agora; chegou a hora da GRANDE REVOLUÇÃO, da REVOLUÇÃO PSICOLÓGICA, da Revolução em marcha, da Revolução que há de conduzir-nos ao Super-Homem...

Amigos, reflitamos sobre o Super-Homem... É extraordinário entrar pela SENDA VERTICAL revolucionária, que há de conduzir-nos inevitavelmente à liberação final.

Quem é feliz hoje em dia? Não o somos, e não o seremos nunca se não nos dedicarmos a percorrer com firmeza a SENDA VERTICAL; não seremos felizes enquanto não cheguemos à altura do Super-Homem; não seremos felizes enquanto não liberemos a Consciência do lodo doloroso deste mundo; não seremos felizes enquanto não experimentemos ISSO que é o REAL, ISSO que não é do tempo, ISSO que é a VERDADE...

Na SENDA VERTICAL está a Revolução da Consciência. Quando alguém admite que tem uma psicologia própria, indubitavelmente começa a trabalhar sobre si mesmo; então, é óbvio que entra pela SENDA VERTICAL...


Extrato da Conferência - A Verticalidade da Existência - Samael Aun Weor


Informações adicionais

  • Complexidade do Texto: Avançado
Ler 663 vezes Última modificação em Domingo, 26 Julho 2020