Quarta, 16 Março 2022

O Risco da Não Reflexão Destaque

Escrito por Sabedoria Milenar
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(Tempo Estimado de Leitura: 4 - 7 minutos)

Desde os primórdios os seres humanos buscam as respostas sobre a sua existência. Por que estamos aqui? Qual é o sentido da vida? De onde viemos? Para onde vamos após a morte?

Todas essas perguntas são genuínas e mostram a nossa incessante inquietação a respeito dos mistérios que rodeiam a nossa vida.

Porém, infelizmente, existem pessoas que tentam manipular ou distorcer as nossas percepções e vivências em prol de seus próprios interesses. Nós da Equipe Sabedoria Milenar gostaríamos de esclarecer a razão da nossa existência (como site) e alertar a todos e todas sobre o risco da não reflexão, do não uso da consciência, do esquecer a intuição e a racionalidade. Faculdades essas que fomos dotados como seres humanos e que estão postas para nos conduzir por esse caminho tortuoso chamado Vida Humana.

A nossa equipe é composta por pessoas com grandes inquietações espirituais, em busca de respostas a todos os mistérios que permeiam a nossa existência. E por isso, decidimos compartilhar, com todos que se interessam por esses assuntos, um pouco de todas as coisas que conhecemos na vida, um pouco dos textos, dos vídeos e das inúmeras reflexões para que cada um de vocês possam fazer as suas próprias reflexões e possam tirar as suas próprias conclusões.

A nossa única missão é acender a chama da inquietação e da curiosidade sobre os assuntos do mais além, sobre os grandes mistérios, sobre o que ainda não tem explicação para que cada um busque sua própria verdade. Não temos o intuito de doutrinar ninguém, nem pregar nada e nem sermos autoridades em qualquer assunto. Todos os nossos textos e informações publicadas são inspirações para que cada um possa encontrar o seu próprio caminho íntimo e espiritual. São chaves, percepções e dicas para que todos possam acessar dentro de si as verdades do universo que reside no interior do ser humano, na sua própria consciência e coração.

E devem ser sempre lidos e questionados com a mente crítica, com a intuição e levados para a reflexão. Todos os materiais são apoios em nossa busca do conhecimento e nunca devem ser tomados como verdades absolutas. Como disse Krishnamurti “Seguir uma autoridade é a negação da inteligência.” Que cada um use os ensinamentos dos grandes filósofos, gurus, mestres, santos como um norte em sua busca, mas que a bússola seja sempre a sua própria consciência.

Abaixo falamos um pouco sobre as falácias para que cada um possa identificar no que ouve e no que lê as armadilhas sutis destinadas a enganar os mais desatentos.

O termo falácia deriva do verbo latino fallere, que significa enganar. Designa-se por falácia um raciocínio errado com aparência de verdadeiro. Na lógica e na retórica, uma falácia é um argumento logicamente incoerente, sem fundamento, inválido ou falho na tentativa de provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso.

Reconhecer as falácias é por vezes difícil. Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica, mas não validade lógica. É importante conhecer os tipos de falácias para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para analisar a argumentação alheia.

Quer saber sobre os tipos de falácias? Clique no link abaixo para baixar um PDF completo sobre o assunto.

Guia das Falácias - Stephen Downes

A seguir, disponibilizamos também, um texto muito interessante e esclarecedor, sobre as seitas e os oitos aspectos para serem identificadas, conforme Robert Jay Lifton. Robert é um psiquiatra e autor americano, conhecido principalmente por seus estudos das causas e efeitos psicológicos de guerras e violência política, e por sua teoria da reforma do pensamento. Estudou os aspectos e os efeitos que as seitas produzem nas pessoas. Fique atento a esses sinais, se perceber que está vivenciando alguns deles procure compreender em que momento deixou de usar a sua própria intuição para seguir cegamente alguma “autoridade”.


  1. CONTROLE DO MEIO

As seitas usam várias técnicas para controlar o meio das pessoas que recrutam, mas usam quase sempre uma forma de isolamento. Os adeptos podem ser fisicamente separados da sociedade ou podes-lhes ordenar, sob pena de punição, que se mantenham afastados dos meios de comunicação social, especialmente se estes os levarem a pensar criticamente. Todos os livros, filmes ou testemunhos de ex-membros do grupo (ou de qualquer outra pessoa que critique o grupo) têm de ser evitados.


  1. MANIPULAÇÃO MÍSTICA

A seita diz que os anjos estão sempre a velar pelos fiéis e circulam histórias que dizem que Deus está realmente a fazer coisas maravilhosas entre eles, porque eles são a verdade. Desta forma, a organização reveste-se de uma certa mística que atrai o novo adepto.


  1. EXIGÊNCIA DE PUREZA

A conduta da pessoa é modelada de acordo com a ideologia do grupo, conforme esta é ensinada na sua literatura. Pessoas e organizações são descritas como boas ou más, dependendo do seu relacionamento com a seita. Usam-se sentimento de culpa e vergonha para controlar indivíduos, mesmo depois de eles saírem da seita. Eles têm grande dificuldade em compreender as complexidades da moral humana, pois polarizam tudo em bem e mal e adotam uma posição simplista. Tudo aquilo que é classificado como mal tem de ser evitado e a pureza só pode ser atingida se o adepto se envolver profundamente na ideologia da seita.


  1. O CULTO DA CONFISSÃO

Pecados sérios, segundo os critérios da organização, têm de ser confessados imediatamente. Os membros da seita que forem apanhados a fazer alguma coisa contrária às regras têm de ser denunciados imediatamente. Existe muitas vezes uma tendência para ter prazer na degradação de si mesmo através da confissão. Isto acontece quando todos têm de confessar regularmente os seus pecados na presença de outros, criando assim uma certa unidade dentro do grupo. Isto também permite que os líderes exerçam a sua autoridade sobre os mais fracos, usando os pecados deles como um chicote para controlá-los


  1. O “CONHECIMENTO SAGRADO”

A ideologia da seita torna-se na moral definitiva para estruturar a existência humana. A ideologia é demasiado sagrada para se duvidar dela e REQUER-SE QUE O ADEPTO TENHA REVERÊNCIA PELOS LÍDERES. A seita alega que a sua ideologia tem uma lógica infalível, fazendo parecer que é a verdade absoluta, sem contradições. Um sistema assim é atrativo e oferece segurança.


  1. LINGUAGEM ELABORADA

Lifton explica que as seitas usam de forma abundante clichês para acabar com o pensamento, expressões ou palavras que são forjadas para acabar a conversa ou a controvérsia. Todos conhecemos os clichês capitalista e imperialista, usados por manifestantes antiguerra nos anos sessenta. Estes clichês memorizam-se facilmente e têm efeito imediato. Chamam-se a linguagem do não-pensamento pois terminam a discussão, dispensando quaisquer considerações adicionais.


  1. DOUTRINA ACIMA DAS PESSOAS

O indivíduo só tem valor na medida em que se conforma aos modelos preestabelecidos pela seita. As percepções do senso comum são desconsideradas, se forem hostis à ideologia da seita.


  1. DISPENSADOS DA EXISTÊNCIA

A seita decide quem tem o direito de existir e quem não tem. Eles decidem quem morrerá na batalha final do bem contra o mal. Os líderes é que decidem quais são os livros de história exatos e quais são os tendenciosos. As famílias podem ser destruídas e os estranhos podem ser enganados pois não merecem existir!

Informações adicionais

  • Complexidade do Texto: Intermediário
Ler 1092 vezes Última modificação em Quarta, 19 Abril 2023