Existe essa tendência de todos reagirem contra todos. Como as pessoas são engraçadas!: Basta mover um botão e elas “trovejarão” e “piscarão”. E se outro botão for movido, elas sorriem docemente.
Os “humanoides” são máquinas que todos operam à vontade; são como um instrumento musical, onde cada um toca sua própria canção. Se alguém quiser que sorria, apenas diga palavras doces e dê um tapinha no ombro (sorri docemente). Se quiser que elas “trovejem” ou “relampejem”, basta dizer algumas palavras duras e franzem a testa e reagem imediatamente.
Eu mesmo, aqui estou conversando com vocês e vejo vocês um pouco sorridentes. Se eu os repreender neste ponto, o que aconteceria? Mudariam imediatamente, não estariam mais tão sorridentes e as sobrancelhas pareceriam franzidas.
Que triste, mas é assim mesmo! Por quê? São máquinas, um instrumento que todos tocam ou instrumentos como o violão. Quem quiser vê-los felizes dirá algumas palavras doces, e aí estarão felizes. Mas quem quiser vê-los furiosos, diga algumas palavras duras e serão terríveis.
Portanto DEPENDEMOS DOS OUTROS, NÃO TEMOS LIBERDADE, NÃO SOMOS PROPRIETÁRIOS DOS NOSSOS PROCESSOS PSICOLÓGICOS, cada um faz de nós o que quer. Algumas pequenas palavras de elogio e imediatamente:
Ah, nós nos sentimos importantes; mas uma palavrinha de humilhação, e como nos sentimos tristes e pequenos! Se todos nos fazem o que querem, então onde está nossa autonomia, quando deixaremos de ser máquinas?
Acontece que para aprender a amar é preciso adquirir AUTONOMIA, porque se não se possui seus próprios processos psicológicos, nunca poderá amar, como? Se outros forem capazes de nos retirar do Estado de Paz para o Estado de Discórdia, quando poderíamos amar?
Enquanto dependermos psicologicamente dos outros, não seremos capazes de amar. A dependência impede o amor. Precisamos acabar com a dependência, para nos tornarmos mestres de nós mesmos, mestres de nossos próprios processos psicológicos.
Quando tive a reencarnação como TOMÁS DE KEMPIS, escrevi no meu livro “Imitação de Cristo” (naquela antiga reencarnação), uma frase que diz: “Não sou mais porque me elogiam, nem menos porque me desaprovam, porque eu sempre sou o que sou”..
Portanto, devemos permanecer impassíveis diante do elogio e da reprovação, diante do triunfo e da derrota; sempre sereno, impassível, sempre senhores de nós mesmos, de nossos próprios processos psicológicos.
Então, sim, marchando por esse caminho, sempre estaremos estáveis no que é chamado de “AMOR”. Precisamos nos estabelecer no Reino do Amor, mas não poderíamos fazer isso se não fossemos mestres de nossos próprios processos psicológicos.
Bem, se os outros são capazes de nos irritar quando querem, se os outros são capazes de nos fazer sentir ódio, se os outros são capazes de nos fazer sentir o desejo de vingança, obviamente não somos donos de nós mesmos. Nessas condições, nunca poderíamos estar estabelecidos no Reino do Amor.
Estaríamos no Reino do Ódio, no da Discórdia, no do Egoísmo, no da Violência, mas nunca no Reino do que se chama “Amor”. Devemos permanecer estáveis no Reino do Amor; temos que possuir nossos próprios processos psicológicos.
Trecho da Conferência “Os Três Fatores da Revolução da Consciência” – V.M. Samael Aun Weor