Segunda, 20 Dezembro 2021

A Inspiração

Escrito por Samael Aun Weor
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O Conhecimento Inspirado nos dá o poder de interpretar os Símbolos da Grande Natureza.

A interpretação dos símbolos é muito delicada. Muitos videntes tornaram-se assassinos ou caíram no crime de calúnia pública por não saberem interpretar os símbolos.

Os símbolos devem ser analisados friamente, sem superstição, malícia, desconfiança, orgulho, vaidade, intolerância, preconceito, preconceito, ódio, inveja, ganância, ciúme, etc. Todos os defeitos são do Eu, de Mim Mesmo, do Ego Reencarnante.

Quando o Ego intervém traduzindo, interpretando símbolos, então altera o significado da Escritura Secreta, o Clarividente cai no crime que pode levá-lo à prisão.

A interpretação deve ser extremamente analítica, altamente científica e essencialmente mística. Você tem que aprender a ver e interpretar na ausência do Eu, do Mim Mesmo.

Para muitos místicos, parece estranho que nós, irmãos do Movimento Gnóstico Universal, falemos da Clarividência Divina com o Código Penal em mãos. Quem pensa assim considera a Espiritualidade ali como algo que nada tem a ver com o dia a dia. Essas pessoas estão erradas, elas estão erradas, elas ignoram que o que cada alma é nos Mundos Superiores é o resultado exato da vida cotidiana que todos nós levamos neste Vale das Lágrimas.

Se nossas palavras, pensamentos e ações não forem justos, o resultado aparecerá nos Mundos Internos e a Lei cairá sobre nós.

Lei é Lei, “o desconhecimento da Lei não exclui seu cumprimento”. O pior pecado é a ignorância. Ensinar aqueles que não sabem é uma obra de misericórdia. Sobre os videntes pesa toda a tremenda responsabilidade da Lei.

Deve-se saber como interpretar os símbolos da Grande Natureza na ausência absoluta do Eu. Porém, a autocrítica deve ser multiplicada, porque quando o Ego do clarividente acredita que sabe muito, então se sente infalível, onisciente, sábio e até supõe que vê e interpreta na ausência do Ego. Esse tipo de clarividência fortalece tanto o Eu que acaba se tornando Demônios terrivelmente perversos. Quando tal clarividente vê seu próprio Deus Interno, ele traduz a visão de acordo com seus critérios sombrios e exclama: “Estou indo muito bem.”

É preciso saber interpretar com base na Lei das Analogias Filosóficas, na Lei das Correspondências e na Cabala Numérica. Recomendamos a Cabala Mística de Dion Fortune. Este livro é maravilhoso. Estude-o.

Aquele que tem ódio, ressentimento, ciúme, inveja, orgulho, etc. Não consegue elevar-se até o segundo degrau denominado Conhecimento Inspirado.

Quando ascendemos ao Conhecimento Inspirado, entendemos e compreendemos que não existe acumulação acidental de objetos. Na verdade, todos os fenômenos da Natureza e todos os objetos estão intimamente ligados organicamente uns aos outros, dependendo internamente uns dos outros e se condicionando mutuamente. Realmente nenhum fenômeno da Natureza pode ser totalmente compreendido se o considerarmos isoladamente.

Tudo está em constante movimento, tudo muda, nada está parado. Em todo objeto existe a luta interna. O objeto é positivo e negativo ao mesmo tempo. O quantitativo se torna qualitativo. A evolução é um processo de complicação energética.

O Conhecimento Inspirado nos permite conhecer a inter-relação entre tudo o que é, o que foi e será.

A matéria nada mais é do que energia condensada. As infinitas modificações de energia são absolutamente desconhecidas tanto para o materialismo histórico quanto para o materialismo dialético.

“Energia é igual a massa vezes velocidade da luz ao quadrado.” Nós, Gnósticos, nos separamos da luta antitética que existe entre a Metafísica e o Materialismo Dialético. Esses são os dois polos da Ignorância, as duas antíteses do erro.

Estamos indo para o outro lado. Somos gnósticos, consideramos a vida como um todo integral.

O objeto é um ponto no espaço que serve de veículo para certas somas de valores.

O Conhecimento Inspirado nos permite estudar a relação íntima entre todas as formas e valores da Grande Natureza.

O materialismo dialético não conhece os valores, apenas estuda o objeto. A metafísica não conhece os valores, nem conhece o objeto.

Nós, Gnósticos, partimos das duas antíteses da Ignorância e estudamos o homem e a Natureza integralmente.

A vida é toda energia determinada e determinante. A vida é sujeito e objeto ao mesmo tempo.

“O discípulo que deseja alcançar o conhecimento inspirado deve se concentrar profundamente na música. A flauta encantada de Mozart nos lembra uma iniciação egípcia. As nove sinfonias de Beethoven e muitas outras grandes composições clássicas nos elevam aos mundos superiores.” O discípulo que se concentra profundamente na música deve se ver nela como a abelha no mel, o produto de todo o seu trabalho.

Quando o discípulo já atingiu o Conhecimento Inspirado, ele deve então se preparar para o Conhecimento Intuitivo.


Livro Tratado Esotérico de Endocrinologia e Criminologia – V.M. Samael Aun Weor – Capítulo 22

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  • Complexidade do Texto: Intermediário
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