Segunda, 28 Junho 2021

Os 5 Raios e Suas Cores

Escrito por C.W. Leadbeater
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1 - Violeta-azulado: Dirige-se para a garganta, onde parece separar-se, de modo que o azul-pálido passa pelo chakra laríngeo e o aviva, enquanto o violeta e o azul-escuro prosseguem para o cérebro,

em cujas partes inferior e central fica o azul-escuro, seguindo o violeta até a parte superior para vigorizar o chakra coronário e difundir-se pelos novecentos e sessenta raios desse chakra.

2 - Raio amarelo: Dirige-se para o coração e, depois de efetuada ali a sua obra, uma porção passa para o cérebro e o satura, difundindo-se pelos doze raios do centro do chakra coronário.

3 - Raio verde: Este raio inunda o abdômen, e conquanto se centralize principalmente no plexo solar, vivifica o fígado, os rins, os intestinos e todo o aparelho digestivo em geral.

4 - Raio rosa: Este raio circula por todo o corpo ao longo dos nervos e é evidentemente a vitalidade do sistema nervoso; um indivíduo pode infundi-la a outro que a tenha deficiente. Se os nervos não recebessem esta vitalidade rosada, seriam impressionáveis até à irritação, e assim é que quando não a recebe suficientemente, o enfermo não pode permanecer muito tempo na mesma posição e não sente alívio ainda que tome outra.

O mais leve ruído o atormenta e ele se acha num contínuo sofrimento. Mas se uma pessoa sã banha os nervos com vitalidade rosada, logo se alivia e experimenta uma salutar sensação de sossego e paz.

Um indivíduo de boa saúde absorve e adapta muito mais vitalidade rosada do que a necessária ao seu corpo; por isso está continuamente irradiando uma torrente de átomos rosados, de modo que inconscientemente infunde vigor nas pessoas fracas mais próximas, sem que isso diminua sua vitalidade. E também por um esforço de sua vontade pode acumular a energia restante e infundi-la deliberadamente em quem deseje auxiliar.

O corpo possui certa consciência peculiar, instintiva e cega, a que costumamos chamar o elemental físico, correspondente no mundo físico ao elemental do desejo no mundo astral. Essa consciência instintiva ou elemental física procura sempre resguardar o corpo de todo perigo ou lhe proporcionar o de que necessita. É completamente distinta da consciência do homem e funciona igualmente quando o ego se aparta do seu corpo físico.

A este elemental físico ou consciência instintiva deve-se atribuir todos os nossos movimentos e atitudes instintivos como também o incessante funcionamento do sistema simpático, sem que de tal nos apercebamos nem pensemos.

Enquanto nos acharmos no estado de vigília, o elemental físico está em constante vigilância, em atitude de defesa, e mantém em tensão músculos e nervos. Durante o sono relaxa-os e dedica-se à assimilação da vitalidade para restaurar as forças do corpo físico, e com maior eficácia cumpre esta função durante a primeira metade da noite, quando há plenitude de vitalidade, porque de madrugada já está quase toda consumida a vitalidade que o sol emitiu durante o dia.

Tal é o motivo da sensação de moleza que nos acomete de madrugada, e também a acusa de muitos enfermos morrerem nessas horas. Por isso diz acertadamente a sabedoria popular que uma hora de sono antes de meia-noite equivale a duas depois dessa hora.

A ação do elemental físico explica a influência restauradora do sono, que se pode observar ainda após ligeiro cochilo.

A vitalidade é o alimento do duplo etérico, e este a necessita tão imperiosamente como o corpo denso necessita do sustento material. Disso resulta que quando, por enfermidade, fadiga ou decrepitude, o chakra esplênico é incapaz de preparar o alimento para as células do corpo, o elemental físico procura extrair para seu próprio uso a vitalidade preparada em corpos alheios.

E assim ocorre quando nos sentimos débeis e como que esgotados depois de havermos estado durante certo tempo junto de uma pessoa com falta de vitalidade, porque essa pessoa nos tomou os átomos rosados antes que pudéssemos assimilar sua energia.

O reino vegetal também absorve esta vitalidade, ainda que em muitos casos parece que só utiliza uma pequena parte. Algumas árvores extraem da vitalidade quase exatamente os mesmos constituintes que extrai a parte superior do duplo etérico do homem, e uma vez absorvidos os necessários, expelem precisamente os átomos rosados de que necessitam as células do corpo físico do homem.

Isso ocorre com árvores como pinho e o eucalipto, razão pela qual sua vizinhança infunde saúde e vigor nos neuróticos necessitados de vitalidade. São neuróticos porque as células do seu corpo estão famintas e a nervosidade só pode apaziguar-se alimentando-as, o que sói conseguir-se mais facilmente proporcionando-lhes do exterior a vitalidade rosada de que necessitam para se restabelecerem.

5 - Raio laranja-avermelhado: Penetra pelo chakra fundamental, donde vai para órgãos genitais, com os quais está intimamente relacionada uma parte de seu funcionamento. Este raio não só contém as cores alaranjada e vermelha, mas também algo de purpúreo intenso, como se o espectro solar desse a volta em círculo e as cores começassem de novo em mais baixa escala.

No indivíduo normal este raio aviva os desejos carnais, e parece que também penetra no sangue e ajuda a manter o calor do corpo. Mas se o indivíduo persevera em repelir os incentivos de sua natureza inferior, este raio pode, mediante longos e deliberados esforços, desviar-se para o cérebro, onde suas três cores constituintes experimentam notável modificação, porque o alaranjado se transmuta em amarelo puro e intensifica as faculdades intelectuais; o vermelho--escuro se converte em vermelho-vivo ou carmesim, que aumenta poderosamente o amor não-egoísta, e o purpúreo intenso se transforma num belo violeta-pálido que aviva a parte espiritual da natureza humana.

Quem alcança esta transmutação, já não se vê atormentado por desejos sensuais, e quando necessitar levantar as camadas superiores do fogo serpentino, se verá livre do mais grave perigo deste processo. Quando o indivíduo completou definitivamente tal transmutação, o raio laranja avermelhado penetra diretamente pelo centro do chakra fundamental e flui pelos agulheiros das vértebras, ou conduto medular, até que sem obstáculos chega ao cérebro.

Parece que há certa correspondência entre as cores dos raios ou correntes de vitalidade que penetram pelos diversos chacras, e as cores atribuídas por Blavatsky aos princípios do homem na Doutrina Secreta.


Livro Os Chakras – C.W. Leadbeater – Capítulo 3 (Os Raios)

Informações adicionais

  • Complexidade do Texto: Avançado
Ler 669 vezes Última modificação em Domingo, 15 Agosto 2021