Terça, 04 Janeiro 2022 15:56

A Humanidade é Uma Grande Família

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O terceiro fator é o do SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE. É necessário AMAR nossos semelhantes, mas o Amor deve ser demonstrado com fatos concretos, claros e definitivos.

Não é suficiente dizer que amamos nossos semelhantes, não;

Você tem que demonstrar isso com fatos, você tem que estar disposto a galgar o Altar do Supremo Sacrifício pela Humanidade, você tem que erguer a Tocha da Sabedoria, para ILUMINAR O CAMINHO DOS OUTROS, você tem que estar disposto a DAR ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE por todos os nossos semelhantes, com amor verdadeiro, desinteressado, puro...

De modo que o Terceiro Fator da Revolução da Consciência é o do Sacrifício por nossos semelhantes. Nascer, morrer e nos sacrificar pela humanidade são os três fatores que nos tornam verdadeiras encarnações do CRISTO CÓSMICO.

Esses três fatores vêm para nos transformar em deuses, embora tenhamos corpos de homens. Esses Três Fatores vêm para nos tornar algo diferente: Eles nos transformam em DEIDADES ou DEUSES INEFÁVEIS, ELOHIMS, DIVINOS DAIMONS, etc.

Se trabalhássemos apenas com o Primeiro e o Segundo Fator (o do Nascimento e Morte), mas não amássemos nossos semelhantes, não fizéssemos nada para levar a Luz do Conhecimento a outros povos, povos e línguas, cairíamos em um EGOISMO ESPIRITUAL, muito refinado, QUE IMPEDIRIA QUALQUER AVANÇO INTERIOR.

Bem, se nos preocupamos apenas com nós mesmos e nada mais do que para nós, esquecendo tantos milhões de seres que povoam o mundo, inquestionavelmente nos encerramos em nosso próprio egoísmo. Dessa forma, o Eu do egoísmo não nos permitiria a Iluminação.

O egoísmo pode vir de formas altamente refinadas e deve ser eliminado. Porque enquanto tivermos egoísmo dentro de nós, pois, a iluminação não será possível.

O egoísmo é formado por múltiplos “Eus” nos quais a consciência foi enfrascada. Que é preciso desintegrar essa multiplicidade de Eus egóicos, é verdade!

Bem, se não o fizermos, a Consciência continuará engarrafada, estreita, limitada, condicionada e qualquer possibilidade de Iluminação seria anulada.

Devemos entender que toda HUMANIDADE É UMA GRANDE FAMÍLIA. Infelizmente, estamos presos em muitos afetos e consideramos apenas algumas pessoas ao nosso redor como uma família, o que é egoísmo; porque todos os seres humanos, sem exceção de raça, credo, casta ou cor, são uma família; e essa família é chamada de “Humanidade”.

Se olharmos apenas para aqueles que nos cercaram desde o berço como irmãos, estamos indo muito mal. Se queremos apenas servir a essas pessoas que se dizem “nossos parentes”, marcharemos de forma egoísta. É essencial ver um irmão em cada pessoa.

O que eu digo não é por mero sentimentalismo...  ...mas porque na verdade somos todos irmãos. Não é uma frase meramente sentimental; é real, como parece:

Somos uma única família, uma única grande família que não deve ser dividida, uma enorme família que povoa a Terra e se chama “Humanidade”.

A esses, nossos irmãos, precisamos levar o Conhecimento, mostrar-lhes o Caminho, para que, um dia, também eles possam percorrê-lo e chegar à LIBERAÇÃO FINAL.

Se queremos Felicidade, devemos lutar pela Felicidade dos outros. “Quanto mais se dá, mais se recebe, mas quem nada dá, até o que não tem lhe será tirado”...

Como poderíamos alcançar a autêntica FELICIDADE NIRVÂNICA ou PARANIRVÂNICA, aqui e agora, se não trabalhamos pela felicidade dos outros?

A verdadeira Felicidade do Ser não pode ser egoísta; ela é alcançada somente por meio do Sacrifício por nossos semelhantes.

Assim, aqueles que alcançaram, por exemplo, estágios muito elevados do Ser, que entraram nos mundos Paranirvânicos, Mahaparanirvânicos, ou Monádicos ou Ádicos, ou aqueles que finalmente conseguiram fundir-se com o ETERNO PAI CÓSMICO COMUM, obviamente, se sacrificaram de alguma forma, no mundo, por seus semelhantes, e isso lhes deu méritos suficientes para alcançar, na verdade, a bem-aventurança que nunca tem limites, nem bordas. […]

Devemos pensar no bem comum, que devemos amar, sim, de forma extraordinária, todos os seres que povoam a face da Terra. Amar não só quem nos ama (porque qualquer um faria isso), mas também quem nos odeia.

Aos que nos amam, porque nos compreendem, e aos que nos odeiam porque não nos compreendem...

NÃO DEVE EXISTIR, EM NÓS, aquilo a que se chama “ÓDIO”. Existem pessoas que destilam e bebem seu próprio veneno, e sofrem o indizível; e isso é sério. Não seja tão tonto. Aquele que destila e bebe seu próprio veneno é um tolo.

Aquele que forjou um “inferno” em sua mente e que carrega a toda hora esse “inferno” em seu entendimento, é um tolo. É preciso pensar que o melhor é amar, porque se alguém faz de sua mente um inferno, nunca é feliz.

As pessoas estão cheias de ressentimentos e isso é extremamente sério, porque ONDE o Eu do RESSENTIMENTO EXISTE, O AMOR NÃO PODE FLORESCER. Não há ninguém que não tenha ressentimento;

Todos guardam no coração palavras, atos ou acontecimentos dolorosos, acompanhados, naturalmente, por suas consequências ou corolários, que são os ressentimentos notórios que não levam a nada.

O ressentido não sabe amar, é vingativo, não sabe amar. Quem odeia está muito perto da maldição.

É preciso SABER COMPREENDER OS OUTROS, aprender a olhar o ponto de vista do outro, se quisermos saber amar.

As pessoas não são compreensivas, as pessoas não querem entender as outras pessoas; simplesmente porque não sabem ver o ponto de vista de outra pessoa. Se você se colocar no ponto de vista de outra pessoa, você aprenderá a PERDOAR. Quando você sabe perdoar, aprende a amar; se alguém não é capaz de perdoar a ninguém, não sabe amar.

Agora, perdoar de maneira mecanicista é inútil. Pode-se perdoar, simplesmente porque aprendeu na Doutrina Gnóstica que é preciso perdoar, mas isso é automático, não funciona.

No fundo, ele continuaria com o mesmo ressentimento, com o mesmo ódio e até com o mesmo desejo sufocado ou reprimido de vingança.

Não se pode perdoar se não eliminar o Eu do ressentimento, se não anular o Eu do ressentimento, se não reduzir a pó cósmico o Eu da vingança, esse Eu que quer “vingar” e assim por diante.

Enquanto você não tiver eliminado tais Eus (por meio da compreensão e com a ajuda de Kundalini Shakti), não será possível para você perdoar verdadeiramente. E se perdoa, é porque é automático; e o perdão automático não é perdão.

Devemos ser honestos conosco mesmos, se quisermos saber como amar. Se você não for sincero consigo mesmo, se não for verdadeiro consigo mesmo, nunca poderá amar. Amar implica trabalho dispendioso sobre si mesmo.

Como pode alguém amar o outro se não trabalha sobre si mesmo, se não elimina de dentro de si os elementos da discórdia, da vingança, do ressentimento, do ódio, etc.? Quando esses elementos subumanos existem em nossa psique, a capacidade de amar é anulada.

Precisamos amar, sim, todos os nossos semelhantes. Mas, repito, isso envolve trabalho. Não se pode amar enquanto os elementos do ódio existirem em nós mesmos.

Se queremos amar, devemos ser sinceros, nos AUTO EXPLORAR, nos AUTO INVESTIGAR para descobrir aqueles elementos que nos incapacitam para amar.

Há muito amor fingido nas diferentes Escolas do tipo Pseudo-Esotérico e Pseudo-Ocultista; isso não funciona. Nós, gnósticos, não devemos aceitar o amor fingido;

Devemos ser exigentes conosco: vamos amar nossos semelhantes ou não vamos amá-los? Sejamos honestos. Não é que nos deixemos levar por um sentimentalismo sublime. Podemos acreditar que amamos, quando na verdade não amamos.

AMOR é algo muito sublime.


Trecho da Conferência “Os Três Fatores da Revolução da Consciência” – V.M. Samael Aun Weor

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  • Complexidade do Texto: Avançado
Ler 980 vezes Última modificação em Terça, 26 Julho 2022 12:52