Ele tinha uma forja onde trabalhava o ferro e ali ele ferrava os cavalos. Diziam que ele era um médium.
Bom, eu fiz amizade com ele e o convidei. Bem, nós nos sentamos ao redor de uma mesa; De repente, a mesa começou a balançar, aquele homem entrou “em transe” (era um médium psicofônico), e um demônio chamado “BELZEBU”, Príncipe dos Demônios, se expressou através dele. E ele falou, disse: “Eu sou Belzebu, Príncipe dos Demônios; O que você quer de mim?”
Bem, queríamos dizer a ele para nos dizer algo, para nos dizer algo importante. Disse que “ia assinar um pacto conosco, para nos ajudar”, e aí escreveu no papel, o médium que, com o punho assim, a tremer, escreveu: “Bel, tengo mental la petra y que al el le andube sedra; bao, genizar les des”...
Uma linguagem, então, eu entendo que é da Língua Universal, certo? E então ele iria assinar com uma assinatura tão estranha (assinatura demoníaca): “Belzebu”, dizia, mas com uma assinatura estranha, era demoníaco tudo aquilo...
Bom, foi difícil tirar o diabo daquele pobre homem. Ele era um ferreiro forte, acostumado a lidar com cavalos. Não foi, então, uma “mansa ovelha”, mas o demônio que o jogou contra o chão, contra as cercas, bateu forte nele, e eu conjurei ali, rezando tudo que sabia, porque não tinha escolha, certo? Ali “lançamos” a “Conjuração dos Quatro”, “dos Sete”, todos os exorcismos ocorridos e por ocorrer, tudo o que foi escrito e deixado de escrever etc., etc., etc., porque a coisa estava feia, certo?
De repente aquele homem avançou (tremendo, porque estava possuído por um demônio), sobre todos os presentes, e todos correram assustados, horrorizados, com os olhos “fora de órbita”. E ele havia desenvolvido tal força que não acho que mil policiais poderiam tê-lo domesticado. A coisa era séria!
Bom, eu apelei para uma barra de ferro, e conjurava e exorcizava e “cinquenta mil coisas”, até que finalmente “desmaiou”. E se ele não “desmaiasse”? A coisa era séria, ele poderia ter matado alguém na plateia... E o jeito que ele falava era cavernoso, era uma voz de caverna; era uma voz, ali que vinha pelas fendas da Terra. Não era a voz normal de um homem; não, era uma voz de caverna.
Por fim, o homem caiu “desmaiado”, dormiu um pouco e acordou. Quando ele olhou para si mesmo, ele estava cheio de golpes, todo o corpo todo machucado. Por fim, eles o levaram lá, para sua ferraria; Fiquei intrigado com a pergunta e no dia seguinte, bem cedo pela manhã, falei: “Vou passar aí para ver do que sobrou dessa coisa.” Passei por ali, tinha o “Devocional” de Allan Kardec, que lia ali algumas orações de Allan Kardec, muito arrependido, de coração partido, por ter servido de veículo para um demônio.
Então, ele me mostrou todos os hematomas ou manchas pretas no corpo (o demônio havia batido nele “muito feio”), e me disse “que a partir de então ele faria o possível para não servir de veículo para os demônios.” Ele estava todo arrependido, rezando as orações de Allan Kardec.
Eu disse: “Bem, graças a Deus este homem, pelo menos, já está arrependido de coração, arrependido. Bem, isso não é ruim”... Até que por fim nunca mais ouvi falar daquele pobre ferreiro; Quem sabe onde isso iria parar! Estou narrando para vocês, então, esses aspectos que são interessantes, para que vocês possam aprender algo sobre “Mediunidade”...
De tudo isso tirei uma conclusão: E é que os médiuns servem de instrumento, não propriamente ao Espírito do falecido, porque uma coisa é o Ser de alguém, seu Ser, e outra são os Eus.
Pois bem, esses demônios que se carrega dentro são os que entram nos corpos dos médiuns para falar; isso é tudo. Não é a Alma ou o Espírito do falecido que entra no corpo de um médium, não existe tal. Isso eu pude evidenciar, muito mais tarde, por meio de meus experimentos.
Trecho da Palestra “O Ocultismo Prático” − V.M. Samael Aun Weor