Domingo, 18 Abril 2021

A Lei da Recorrência x O Livre Arbítrio

Escrito por Samael Aun Weor
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(Tempo Estimado de Leitura: 2 - 3 minutos)

...Mas, como nosso próprio destino é tecido e não tecido? Gurdjieff falou muito sobre a LEI DA RECORRÊNCIA.

Ouspensky, Collins, Nicoll, etc., comentaram sobre essas afirmações. Mas nós, no campo da pesquisa, fomos além. Conhecemos profundamente a mecânica viva da Lei de Recorrência, e isso é muito importante...

Um sujeito X-X, por exemplo, que em uma existência passada foi, digamos, um adúltero (que havia deixado sua esposa por outra senhora), é claro que, ao renascer, traz em seu psiquismo o Eu do adultério, o mesmo que cometeu o crime. Este, não conseguirá se expressar nos primeiros anos de infância, impossível!

Se o evento foi aos 30 anos, por exemplo, sem dúvida o Eu desse adultério aguardará no fundo da psique (dentro do terreno do sub-humano, nas Esferas Subjetivas), para atingir a conhecida idade dos famosos 30 anos. Quando chegar essa idade, aquele Eu ressurgirá (do fundo) com muita força, agarrará o Intelecto e o Centro Emocional, e o Centro Motor-Instintivo-Sexual da Máquina, para ir encontrar a senhora dos seus sonhos...

Antes, ele terá estado em contato telepático com o Ego daquela senhora; eles podem até ter se encontrado em qualquer lugar (talvez em um parque da cidade ou em uma festa). E é óbvio que o reencontro vem depois. Mas o interessante é ver como esse Ego submerso pode puxar o Intelecto, mover os Centros Emocional e Motor da Máquina, e levar a Máquina, precisamente, ao lugar onde deve encontrar a senhora dos seus sonhos. Mas, inevitavelmente, o mesmo processo acontecerá, e a cena se repetirá, exatamente como aconteceu.

Suponhamos que um cavalheiro X-X em uma cantina tenha brigado no passado com outra pessoa, com outro homem, por este ou aquele motivo, possivelmente trivial. Você acha que pelo fato de o corpo físico deixar de existir, aquele Eu vai desaparecer? Pois não!; ele simplesmente continuará na Dimensão Desconhecida.

Mas quando o Ego renasce, quando retorna, quando retoma um novo corpo, chegará o momento em que poderá entrar em atividade; irá aguardar a idade em que o evento ocorreu na existência passada. Se foi aos 25 anos, vai esperar por aqueles conhecidos 25; ele permanecerá no fundo da psique (enquanto isso), e quando chegar a hora, ele obviamente agarrará os Centros da Máquina para repetir a “façanha”...

Antes, ele terá feito contato telepático com o outro sujeito X-X, e eles terão se encontrado, possivelmente em outra cantina. Lá, ao se olharem, eles se reconhecerão pelos rostos, se machucarão com palavras e o evento se repetirá...

Você vê, então, como abaixo de nossa zona de consciência e de nossa capacidade de raciocínio, diferentes compromissos são assumidos. É assim que funciona a Lei da Recorrência, essa é a mecânica de tal Lei.

É claro que, olhando as coisas desta forma e desta maneira, não temos realmente o que poderíamos chamar de “LIBERDADE TOTAL”, “LIVRE ARBÍTRIO” (a margem que temos do livre arbítrio é muito pequena). Imagine um violino em uma caixa. A pequena margem que pode existir entre o violino e a caixa, quase mínima, daria uma ideia da pequena margem de liberdade que possuímos.

Na verdade, estamos na mecânica da Lei de Recorrência, e isso é realmente lamentável...

Um homem é o que é sua vida; Se um homem não trabalha sua própria vida, ele está perdendo seu tempo miseravelmente. Como podemos nos libertar da Lei da Recorrência? Bem, TRABALHANDO NOSSA PRÓPRIA VIDA.


Trecho da Palestra “A didática para a dissolução do Eu” – Samael Aun Weor

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  • Complexidade do Texto: Avançado
Ler 505 vezes Última modificação em Terça, 26 Julho 2022
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