Domingo, 30 Agosto 2020

A Atlântida

Escrito por Samael Aun Weor
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A Atlântida foi um continente longo e imenso que estava situado no oceano que leva seu nome, o oceano Atlântico. Obviamente esse continente no princípio teve sua Idade de Ouro, como nós os Arianos a tivemos e como a tiveram os Lemurianos.

Na Idade de Ouro, ou seja, na época pré-atlante, quando se estendia por todas as partes o amor, a beleza, a harmonia, a poesia, aqueles que governavam a Atlântida eram Reis Divinos, Reis Sagrados. Esses Reis Sagrados tinham poderes sobre o fogo, ar, água e terra, sobre tudo o que é, foi e será; mais tarde advêm as idades de Prata, Cobre e Ferro na Atlântida. Claro, os primitivos esplendores, os cultos aos Deuses Elementais foram então trocados por cultos.

Na Atlântida houve uma civilização que os seres humanos destes tempos nem remotamente suspeitam. Basta dizer que havia automóveis movidos por energia atômica, que tanto podiam andar por terra, que flutuar pelos ares, navegar pelas águas, e movidos por energia nuclear. As casas dos atlantes estavam rodeadas sempre de muros, muralhas, tinham jardins à frente, jardins por trás.

Os atlantes fizeram foguetes atômicos nos quais viajara à Lua e a outros planetas do Sistema Solar. Eu vivi na Atlântida e posso dar testemunho disso a vocês. Não obstante havia várias cidades, havia um cosmo-porto maravilhoso. Desse cosmo-porto saíam naves cósmicas, foguetes atômicos, a um e outro planeta do Sistema Solar. Gostava de chegar a uma espécie Caravansin, assim eram chamados os restaurantes daquela época, e dali contemplávamos, através das janelas, dessas grandes janelas de vidro, todo o cosmo-porto; gostava dever como saíam esses foguetes rumo à Lua. No princípio eles causavam grande assombro e nada se ouviam, senão os gritos das multidões; depois tornou-se muito comum. A iluminação era atômica, com energia nuclear.

Havia aparelhos, por exemplo, que se conectavam à mente e lhe transmitiam ensinamentos, sem a necessidade de se estar quebrando a cabeça para aprender. Aparelhos telepáticos maravilhosos que transmitiam o conhecimento. Não tornei a ver (esses aparelhos) nesta época. Na Atlântida houve a raça amarela, os senhores da face redonda e amarela, os senhores da face da Lua; havia brancos, os senhores da face tenebrosa, os vermelhos etc. etc. Havia distintos ângulos, os distintos lugares, em que se foram codificando as cores.

Um dos templos que se conheceu na época da Atlântida foi o templo de Netuno, e se rendia culto ao Deus Netuno, o grande Senhor da Atlântida. O Deus Netuno, o Regente Netuno, chegou a tomar corpo físico na Terra e viveu na Atlântida; logo escreveu seus preceitos nas colunas dos Templos, o culto a Netuno foi famosíssimo, igual ao dos elementais das águas, às sirenas do imenso mar, às nereidas, aos gênios do oceano; foi uma época extraordinária, Netuniana Amentina antiquíssima, que vinha de um passado remoto.

Os leões arrastavam as carruagens. Vocês veem os leões hoje em dia furiosos, terríveis, pois na Atlântida os leões serviam como animais de tração, os leões eram domésticos. Os cachorros eram muito maiores, enormes, agora são pequenininhos, eram mastodontes naquela época, serviam para defender as casas dos cidadãos, eram furiosos. Os cavalos também existiam, mas eram gigantescos. Existiam elefantes enormes; os mamutes, antecessores dos elefantes, abundavam nas selvas montanhosas, eram enormes.

Tudo era técnico na Atlântida. Em matéria, por exemplo, de transplantes de vísceras, os atlantes ganhavam das pessoas de hoje. Por exemplo, transplantavam corações, fígados, rins, pâncreas e transplantavam, assombrosamente, cérebros. Por exemplo, havia pessoas que se consideravam imortais, porque, como sempre, a ESSÊNCIA está conectada a um cérebro, chegado determinado momento, passavam esse cérebro a um corpo jovem e então a Essência continuava conectada a esse corpo jovem, por meio desse cérebro. Houve sujeitos que viveram fisicamente assim, milhares de anos com o mesmo cérebro. Tudo isso estava muito mais adiantado na Atlântida. Isso era extraordinário.

Desgraçadamente, com o Kali Yuga a Raça Atlante degenerou-se terrivelmente, as pessoas se entregaram à magia negra, lançava-se uma palavra ante um inimigo, um mantra, e o inimigo caía morto instantaneamente; desenvolveu-se a magia negra. As forças do sexo foram utilizadas, porém para o mal, para causar dano a outras pessoas à distância; isso foi já quando a Atlântida se degenerou. Em seus tempos de esplendor, foi belíssima, mas já quando se degenerou, isso foi muito grave. O álcool, o mesmo de agora; a luxúria, a degeneração levada ao máximo; e assim a Atlântida veio a desaparecer, simplesmente pela grande catástrofe. Aconteceu que veio uma revolução dos eixos da Terra, os mares mudaram de leito e a Atlântida foi tragada.  Claro, o Manú Vaivaswata já havia advertido as pessoas do povoado o que teria de advir. O Manú Vaivaswata era o verdadeiro Noé bíblico e ele lhes advertiu, disse-lhes: “Virá grande catástrofe”. Porém, riam-se dele, ninguém acreditava nele.

Verdadeiramente, chegou o dia em que houve essa revolução dos eixos da Terra e a catástrofe foi violenta; mas antes que a catástrofe se abatesse os sábios da Universidade Akaldana já o sabiam, e saíram da Atlântida antes que se afundasse no fundo do mar; foram para o pequeno continente de Grabonci, que é um pequeno continente onde hoje é a África.  Outras terras se juntaram a Grabonci e o continente cresceu; e os estudantes da Universidade de Akaldana mudaram-se para o sul de Grabonci, mas depois receberam ordens superiores e se foram para Cairona, que hoje é o Cairo. Eles, entre outras coisas, estabeleceram a esfinge, levaram-na ao Egito e criaram ali a poderosa civilização dos egípcios.

A Atlântida foi sacudida por terríveis terremotos. Em certa ocasião, reuniram-se milhares de pessoas no gigantesco Templo de Netuno com todos invocando a Ramú, o sacerdote Ramú; Ramú chegou e as multidões exclamaram, vestidas com muitas joias preciosas (que vestidos, que ouro, que diamantes!): “Ramú, salva-nos”. E Ramú lhes respondeu: “Já os havia advertido e não acreditastes em mim, agora vós perecereis com vossas mulheres e vossos filhos e vossas escravas e vossas riquezas, e de toda a semente desta raça levantar-se-á a grande raça (referindo-se a nós, a Raça Ária), mas se eles se portarem como vós perecerão também”. Diz a lenda que as últimas palavras de Ramú foram abafadas pela fumaça e pelas chamas.

De maneira que, com terremotos espantosos, pareceu afundar-se três vezes, e na terceira vez todo o continente afundou-se definitivamente, com todos seus milhões de seres e todas suas técnicas e todas suas indústrias, poderosos edifícios e seus navios aéreos, seus automóveis atômicos etc. E era uma civilização milhões de vezes mais poderosa que essa. Esta nossa civilização não chega nem aos pés da civilização dos atlantes, nem em técnica, nem em indústria, nem em nada. Era mais poderosa, já iam a Vênus, iam a Mercúrio em foguetes atômicos; de maneira que foram mais fortes.

A primeira parte da Atlântida me pareceu ainda mais interessante que a segunda; na primeira parte, sim, houve harmonia, beleza, fraternidade, amor. Chegavam naves que vinham de outros mundos, vinham de Marte, de Vênus, de Mercúrio; então esses extraterrestres conviviam com os Reis da Atlântida, aconselhavam-lhes, ensinavam-lhes.

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