No simbolismo ariano, é conhecido pelo nome de “Pai universal do céu”. As duas concepções, a grega e a ariana, são idênticas.
Nas concepções toscas dos filhos ousados do norte, vemos o planeta Júpiter representado por Thor, daí vem o nome saxão Thors-day (Dia de Thor) e o inglês moderno Thrusday (quinta-feira) dia que se considerava regido por esse planeta.
Cabalisticamente, o planeta Júpiter significa a absorção etérea no Grande Homem. Por isso representa o sentido do olfato no corpo da humanidade. É o sentido através do qual a alma desenvolvida percebe e compartilha as essências aromáticas mais sutis da natureza.
No planisfério esotérico, Júpiter converte-se no celestial Zacariel ou Ezakiel, e representa o espírito imparcial de desinteresse. Com esta qualidade, designa os princípios e a filosofia da arbitragem, a perfeita organização do equilíbrio pela supressão das forças perturbadoras. Os autores cabalísticos dos livros de Moisés, nos falam dele como símbolo dos atributos de absorção. Nos dão a entender que seu “doce perfume oloroso” foi oferecido ao Senhor durante os ritos sagrados do serviço do templo.
O planeta Júpiter, considerado astrologicamente, é o maior depois de Saturno e o mais potente de nosso sistema solar. Júpiter significa tudo o que é verdadeiramente nobre e está muito afastado da timidez e da vergonha de Saturno ou do atrevimento imprudente de Marte. O puro filho de Júpiter verte seu calor genial na atmosfera que o rodeia.
Absolutamente incapaz de enganar, não suspeita jamais dos outros, o que às vezes o torna vítima de suas astúcias e de sua duplicidade. A natureza deste planeta se define por si mesma quando dizemos que o Jupteriano crê que todo homem é honesto, até que se demonstre o contrário, e quando está comprovado, ele perdoa uma ou duas vezes antes de repreendê-lo.
No plano intelectual, Júpiter indica a natureza moral superior, as qualidades humanitárias. É o instigador de todas as instituições e de todas as empresas nobres e criativas. Aqueles que são dominados por esse influxo são a expressão da forma mais elevada da natureza humana. Há algo de verdadeiramente real na influência desse planeta, uma mistura de mãe, de patriarca e de rei.
Esses indivíduos fazem muito por resgatar o gênero humano de sua depravação geral. Será encontrado sempre no plano intelectual dos jupiterianos, um agudo sentido de discernimento, o que faz com que possuam algumas raras qualidades de justiça, que lhes dão o título de “juízes do povo”. Quando se perturba, sempre pende para o lado da clemência.
No plano físico, Júpiter pode trazer muita sorte quando domina um nascimento. Dá um rosto grave, viril e imponente. O jupiteriano é sério e grave na conversação, mas, ao mesmo tempo, é benévolo e simpático.
Livro “Iniciação Astrológica” – Trecho de Aspectos Planetários – Papus