O caso se deu na localidade de Guyancourt, a 20 quilômetros de Paris e teve como protagonista o Sr. Claude Blondeau que na época era proprietário do bar Escadrille, neste vilarejo. Eis o seu relato:
“No dia 23 ou 24 de Julho de 1950, por volta das 11 horas da noite, ia andar um pouco antes de me deitar. Estava precisamente contemplando um céu estrelado sobre um campo de aviação dos arredores de Paris (em Guyancourt) onde me vi isolado, a mais de 1 quilometro de casa, quando, de repente, ouvi um barulho de vento. Primeiro pensei que se tratasse de um trem que passava a cerca de quatro quilômetros em linha reta, do local em que me encontrava. Alguns segundos depois, virando-me, avistei, acerca do cem metros de mim, na obscuridade, duas formas cinzentas... duas máquinas perfeitamente redondas assemelhando-se a dois enormes pratos côncavos, um dos quais girou em direção ao outro. Tinham aproximadamente 5 metros de diâmetro e 1,60 a 1 ,70 m de altura do seu eixo. Todo o seu contorno era vitrificado; uma espécie de vigias retangulares.
Na face inferior de cada um destes discos se abriu uma porta ovoide muito espessa (aproximadamente 40 cm). De cada lado vi descer um homem. Estes pilotos mediam cerca de 1,70 m, penso que tinham cabelos castanhos (devo lembrar que era completamente noite). Vestiam um traje de voo marrom ou azul-marinho.
Estes homens se precipitaram para uma das maquinas e, pelo que me pareceu colocaram no lugar ou deslocaram uma espécie de lâmina que repousava sobre um corpo que me pareceu de borracha Partindo do eixo superior da máquina, estavam dispostas várias destas laminas, descendo até a periferia e espaçadas entre si de aproximadamente 20 cm.
Os dois pilotos efetuaram este trabalho - ou esta reparação - sem nenhum revestimento nas mãos e sem a ajuda de nenhuma ferramenta
Apesar da minha emoção, aproximei-me mais. Quando os homens me avistaram, me olharam admirados, mas permaneceram calmos e naturais. Perguntei-lhes: “Estão com alguma avaria?”. Então, um deles me respondeu: "Sim, mas logo logo estará tudo arrumado". Seu francês era correto, embora arrastado, pronunciado lentamente.
"Um minuto mais tarde a "reparação" havia terminado. Cada um deles se dirigiu em direção a porta de seu aparelho e a abriu. Do interior jorrou uma formidável iluminação. Hesitante, dei uma espreita pela escotilha aberta.
"O que mais me abalou foi a mais perfeita iluminação que eu jamais houvera visto. Não projetava nenhuma sombra e era impossível distinguir qual fosse a sua origem. No centro da cabine circular se encontrava uma espécie de poltrona ou sofá-cama (semelhante às cadeiras de dentista), revestida interiormente com uma espécie de couro vermelho. Em frente a esta poltrona estava fixando uma espécie de posto de rádio com sete ou oito botões. Na parte superior do posto estava disposto um enorme volante oval, munido de uma alavanca vertical em cada uma de suas extremidades. Este volante era de metal maciço, cheio de sinais e botões. Diversos outros aparelhos estavam montados em blocos dispostos em volta da poltrona ou sofá-cama.
Questionei-os de novo, especialmente sobre o uso dos numerosos botões que guarneciam o painel de controle. A resposta foi bem lacônica: "A energia".
Os homens não eram de multas conversas e, poucos segundos depois, ambos reintegraram seus postos As portas foram hermeticamente fechadas do interior.
Fiquei com a impressão de que o metal dos aparelhos, que se assemelhava a alumínio, não pesava nada e que os discos estavam suspenso a uma distância de 10 cm do solo sem o tocar em lado nenhum.
Nesse momento, as vigias se tornaram luminescentes e, em um segundo, os aparelhos levantaram sem ruído - isto é, de sua posição horizontal passaram instantaneamente a vertical e desapareceram verticalmente como estrelas cadentes.
Depois da fulminante decolagem, ouvi um barulho de vento, como que um sopro, mas não senti nada (este barulho de vento foi várias vezes ouvido por outros observadores de discos voadores entre outros casos (em Twin Falls e Belan-sur-Aurce), o sopro teve um efeito similar a um furacão e curvou a copa das arvores. Aqui apenas o ruído foi perceptível).
Decorreram apenas dois minutos entre o momento em que avistei estes aparelhos e o momento em que decolaram. Quando voltei a mim, não havia já nem sombra dos discos voadores. Onde que eu poderia ir? A uma delegacia? Ninguém iria me acreditar”.
No dia seguinte, M.C. Blondeau voltou ao local onde havia testemunhado esta estranha cena, mas não descobriu nem o mínimo traço. Nem a grama tinha vestígios de haver sido pisada. Como calculara os aparelhos não tinham tocado o solo porque, caso contrário teriam deixado uma marca circular. Que as pegadas não fossem visíveis é possível, mas um trem de aterrissagem deixa sempre - seja qual a sua forma - uma marca na grama ou na terra.
Fonte: Portal Fenomenum (https://www.fenomenum.com.br/ufo/casuistica/a1950/guyancourt)