Sexta, 19 Mai 2023

A Ponte Para o Nosso Passado

Escrito por Gregg Baden
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O conhecimento é a ponte que nos liga com todos os que nos precederam. De civilização em civilização e de existência em existência, contribuímos com as histórias individuais que se tornam a nossa história coletiva.

Por melhor que preservemos as informações do passado, porém, as palavras dessas histórias são pouco mais que “dados” até que lhes demos sentido. É o modo como aplicamos o que sabemos do nosso passado que se torna a sabedoria do presente.

Durante milhares de anos, por exemplo, os que nos antecederam preservaram o conhecimento da oração, da razão por que ela é eficaz e de como podemos usá-la em nossa vida. Em templos majestosos e em sepulturas modestas, por meio da linguagem e dos costumes que mudaram muito pouco pelo menos durante 5.000 anos, os nossos ancestrais preservaram o conhecimento poderoso da oração. O segredo, contudo, não se encontra nas palavras das orações em si. Assim como o poder de um programa de computador é mais do que a linguagem em que ele está escrito, precisamos pesquisar mais profundamente para conhecer o verdadeiro poder que nos espera quando rezamos.

Pode ser exatamente esse poder que o místico George Gurdjieff descobriu como resultado da sua busca da verdade, uma busca a que dedicou toda a sua vida. Depois de anos seguindo antigas pistas que o levavam de templos a aldeias e de um mestre a outro, ele chegou num mosteiro secreto escondido nas montanhas do Oriente Médio.

Ali, um mestre extraordinário proferiu as palavras de estímulo que tornaram sua busca valiosa: “Encontraste agora as condições em que o desejo do teu coração pode se tornar a realidade do teu ser”. Não posso fazer mais nada senão acreditar que a oração faz parte das condições descobertas por Gurdjieff.

Para liberar o que São Francisco chamou de “forças belas e impetuosas” dentro de nós e descobrir as condições em que o desejo do nosso coração se torna realidade, precisamos compreender a nossa relação com nós mesmos, com o nosso mundo e com Deus. Por meio de palavras do passado, ficamos sabendo como fazer isso.

Em seu livro O Profeta, Khalil Gibran nos lembra de que não podemos aprender coisas que já sabemos. Ele diz: “Nenhum homem pode revelar-vos o que já está meio adormecido na aurora do vosso conhecimento”. Faz enorme sentido já termos ocultos dentro de nós o poder de nos comunicar com a força responsável por nossa existência! Para isso, porém, precisamos descobrir quem realmente somos.


Trecho do Livro “Segredos de um Modo Antigo de Rezar” – Introdução – Gregg Baden

Informações adicionais

  • Complexidade do Texto: Avançado
Ler 251 vezes Última modificação em Terça, 20 Junho 2023