Quando alguém tenta encobrir sua postura interna com outra externa assumida conscientemente, isso em pouco tempo será percebido pelos outros e criará problemas para o próprio afetado.
Por outro lado, modificações externas feitas conscientemente, no sentido talvez de um ritual, podem muito bem criar realidades internas. Esta ideia fundamenta as asanas e mudras da hatha-yoga. Devido à sua consciência, tais rituais não provocam qualquer sofrimento físico tais como aqueles causados pela penosa manutenção continua de más posturas.
Quando um quadro de sintomas força alguém a uma determinada postura corporal, apresenta-se também uma outra interna que lhe corresponde e da qual o paciente, entretanto, não tem consciência. O ponto decisivo para as interpretações é se a pessoa se identifica conscientemente com uma postura ou se se transformou em uma vítima inconsciente dela.
Uma pessoa humilde pode sentir-se muito bem com uma postura algo curvada e com os olhos voltados para baixo e não sentir qualquer moléstia devido a ela. Outra pessoa pode ter a mesma postura forçada, sentir-se humilhado com ela e sofrer as dores correspondentes em relação à sua resistência. Portanto, uma postura por si só não pode ser equiparada a um sintoma, o decisivo é a atitude que o afetado tem em relação à sua postura.
Livro A Doença como Linguagem da Alma - Rüdger Dahlke – Problemas de Postura