Domingo, 21 Março 2021

O Caminho do Guerreiro e os Padrões de Invisibilidade

Escrito por Angeles Arrien
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Quase sempre evitamos reivindicar nosso poder pessoal, assumindo padrões de comportamento de invisibilidade.

Esses padrões caracterizam-se por atitudes de esconder-se ou manter-se por trás de pessoas de poder. Baixa autoestima e incapacidade de ver corretamente a nós mesmos estão geralmente na maneira como nos escondemos ou nos retraímos. Outra forma de permanecer invisível é exercer influência por trás dos bastidores.

Quando apresentamos essa particular maneira de nos escondermos, tememos nos expor ou sermos vistos plenamente nas áreas em que somos de fato talentosos. Escondermo-nos por trás dos bastidores demonstra dificuldade em revelar qualidades pessoais de liderança e expressão criativa. Isso é muito diferente de estar plenamente por trás dos esforços criativos de alguém com nossos próprios dons e talentos totalmente engajados e não comprometidos de modo algum.

Esconder-se atrás de pessoas poderosas revela uma tendência individual de reivindicar poder através de outrem, em vez de utilizar-se diretamente da capacidade pessoal de liderança. Permanecer à luz do poder de outra pessoa nos dá a ilusão de que estamos no gozo de nosso próprio poder, quando não estamos.

Sob todos os padrões de invisibilidade encontra-se o medo de nos expormos e de assumirmos responsabilidades. Esse temor surge de problemas de amor-próprio e afeta nossa capacidade de nos engajarmos totalmente na vida. Se qualquer um desses aspectos sombra encontra-se altamente desenvolvido, significa que uma capacidade de liderança de igual magnitude está aguardando para ser reivindicada.

Coragem e destemor são as chaves para explorar e dar livre acesso a todos os aspectos do arquétipo do Guerreiro; ao atingir a qualidade da coragem, podemos livremente reivindicar a plena liderança. A maior demonstração de coragem é o apelo para a paz.

O comanche Yampari ka Dez Touros (citado na obra de Nerburn e Mengelkoch, Native American wis dom) retrata, nesta prece, o arquétipo do Guerreiro: "Grande Espírito não desejo que o sangue manche a grama de minhas terras, quero-a totalmente limpa e pura e também é meu desejo que todos os que vierem até meu povo possam encontrá-lo pacífico quando chegarem e deixá-lo pacificamente quando partirem".

Faz parte do caminho do Guerreiro abraçar tanto a força como a fraqueza. Com todas as partes aceitas de nosso ser, as ilusões são mais facilmente desmoronadas. Isso nos torna mais capazes de participar plenamente da vida. Como disse Joana D'Arc, a mística do século XV, "Em nome de Deus! Avancemos com bravura!".


Padrões de Invisibilidade – Livro O Caminho Quádruplo – Angeles Arrien

Informações adicionais

  • Complexidade do Texto: Intermediário
Ler 746 vezes Última modificação em Domingo, 18 Abril 2021