Nunca é demais recomendar o horário antes das 10 horas da manhã e depois das 16 horas, e a não exposição ao sol através de vidro, pois ele intensifica a luz e pode danificar os olhos. Cuidados especiais devem ser observados nos horários de sol muito forte para proteger os olhos dos raios ultravioleta, uma vez que estes podem danificar a retina. Estar atento ao excesso de claridade, evitando, por exemplo, ler na praia, com a luz do sol incidindo diretamente no texto.
Em pé, sentado ou deitado, na posição mais confortável, de olhos fechados, de frente para o sol, deve se movimentar a cabeça de um lado para o outro, lentamente, respirando, sentindo a energia do sol aquecer as pálpebras fechadas e deixando a alegria da luz invadir os olhos, o rosto e todo o corpo.
Aos poucos vai-se percebendo o clarão do sol se mover em sentido oposto ao movimento da cabeça e essa oscilação, juntamente com o calor, toma conta de todo o nosso ser, numa sensação única de prazer, conseguindo-se, assim, o completo relaxamento através da energia do sol. É bom que se usufrua desse prazer por 5, 7, a 10 minutos de cada vez, muitas vezes ao dia, sempre que os olhos, cansados, pedirem alívio através da luz.
Para que não se caia na rotina do exercício, deve-se sempre variar a posição do corpo ou o movimento da cabeça. E ainda é possível que se criem outras alternativas de ativar o nervo ótico, através da utilização da luz solar. Quando não houver sol, há a possibilidade de, próximo a uma janela, buscar-se a claridade e nela banhar os olhos com eles abertos, fazendo o mesmo movimento de cabeça, respirando, piscando e olhando o horizonte.
Dessa forma ganha-se maior tolerância às diversas intensidades de luz, ampliação do campo visual, maior flexibilidade da íris que poderá mais facilmente contrair-se com o excesso de luz, e se expandir quando a iluminação for deficiente. Quando a intolerância à luz for muito forte, é necessário que se vá, gradualmente, introduzindo-a, em horários em que o sol esteja menos intenso. A outra possibilidade é o aproveitamento da claridade, mantendo-se os olhos abertos. Se ainda assim, os olhos resistirem à luz, deve-se buscar a claridade, inicialmente com as pálpebras fechadas, enquanto se vai mudando o padrão de resistência. Dessa forma, altera-se o círculo vicioso conhecido de muitos: fotofobia, menos luz, mais fotofobia. Em outras palavras, é fundamental que não se elimine de nossas vidas a energia da luz.
Livro A Saúde de Seus Olhos – Ney Chaves – Capítulo 3 (Sugerindo alguns movimentos, toques e exercícios)