Os casos concentraram-se principalmente nas ruas Urubici e Humaitá, uma área de declive e com muita vegetação natural.
Já nos primeiros meses do ano, moradores locais perceberam o sumiço de animais de estimação, além ouvirem sons estranhos próximos às residências, além de batidas em portas e janelas sem uma causa aparente. A situação agravou-se, com alarmes disparando sem motivo aparente e situações em que pedras foram atiradas em moradores da região sem que se pudesse identificar um agressor ou mesmo a origem das pedras.
O casal Lúcia e Agenor Miranda, na época moradores da rua Humaitá, perceberam o desaparecimento de cinco galinhas, sem vestígios de animais predadores ou de ladrões que tivessem invadido seu terreno. Também se tornou comum encontrar vasos de plantas externos revirados e derrubados, causando transtornos aos moradores.
“Achávamos que era um ladrão, mas nenhuma casa foi roubada. Ultimamente só escutamos barulhos, mas nunca conseguimos ver com clareza o que é. Escutamos passos, mas no máximo conseguimos ver um vulto branco”, conta a moradora Dejanir Poli.
Na noite de 23 de maio o mistério apresentou-se de forma mais intensa. Ao escutar barulhos de passos e vislumbrar um vulto correndo em direção ao matagal, o morador Márcio Poli tentou fotografar o que julgou ser um ladrão. Mesmo ampliada, a fotografia não revela quem ou o que realmente é o ser fotografado, se um bicho, uma pessoa ou outra coisa.
Durante os inusitados acontecimentos, os moradores chegaram a acionar a polícia, em função de uma casa ter disparado o alarme.
“A polícia veio, revistou a área toda, vasculhou as redondezas com lanternas e também não viu nada”, relatou a moradora Edeltrudes Mazotti. Desconfiados de que tudo fosse obra de algum ladrão ou de usuários de drogas, os moradores chegaram a acionar novamente a polícia.
Os vizinhos cercaram a região, que é próxima de um matagal e de barrancos, mas nunca encontraram qualquer vestígio.
Em meio à polêmica, o misterioso personagem ganhou um apelido, por parte das crianças da região: Cambuí. O apelido surgiu após uma das buscas feitas pelo morador Nilson da Silva, na tentativa de encontrar o suposto ladrão. Ele armou-se de um pedaço de pau, de madeira cambuí.
Para Nilson, que na época morava a 40 anos na região, tudo era causado por um ladrão:
“Acho que é molecagem, mas até agora não conseguimos flagrar ninguém. Numa noite, essa pessoa entrou na nossa casa, passou correndo pela garagem e bateu no carro. No mesmo instante corremos para ver o que eram, mas não conseguimos ver nada”.
Ampliação da estranha figura registrada por Márcio Poli, morador local.
Fonte: Portal Fenomenum (https://www.fenomenum.com.br/o-misterio-de-vorstadt/)