Domingo, 17 Janeiro 2021

Caso Augusto Leverger

Escrito por Portal Fenomenum
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Ao longo da história da humanidade são inúmeros os registros de aparições de ÓVNIS em céus de todo o planeta.

Com o advento da Imprensa tais registros tornaram-se mais comuns como vemos no artigo presente no Boletim Oficial Mensal do Departamento de Relações Públicas da Companhia Carris, Luz e Força do Rio de Janeiro LTDA., em seu número 59, do mês de maio de 1959. Num artigo sob Título DISCOS VOADORES, de autoria de CJ Dunleo temos vários casos documentados na segunda metade do século 19:

“Não é de hoje que se fala em discos voadores. Deixando à parte as histórias fantásticas, sem qualquer fundamento, registramos algumas observações feitas por astrônomos, capitães de navios e outras pessoas dignas de crédito:

Em 1870, o jornal “The Times”, de Londres, noticiava que um estranho objeto elíptico fora visto naquela cidade a 26 de setembro;

Um ano depois, a 1º de agosto de 1871, diversas pessoas em Marselha, França, avistaram um grande engenho redondo, seguindo lentamente pelos céus;

Em 22 de março de 1880, eram observados em Kattenau, na Alemanha, vários objetos brilhantes e luminosos, movendo-se em direção oeste e subindo;

Em 1885, o “Royal Gazette”, de Bermuda, dava notícia de uma coisa redonda misteriosa que voava sobre a ilha;

Em 1º de novembro do mesmo ano, um astrônomo e diversas testemunhas presenciaram uma enorme máquina redonda voando sobre Adrianópolis, na Turquia;

Em 1880, um disco oval era visto obre a Nova Zelândia, voando a grande altura;

Em 1890, diversos objetos aéreos eram percebidos nos céus das Índias Orientais Holandesas, surgindo pouco depois na Inglaterra e Escócia;

Em 25 de janeiro de 1878, o “Daily News”, de Denison, Texas, EUA, publicava circunstanciado relatório a respeito de um engenho no formato de pires (“saucer”) observado naquele país;

Em 1897, astrônomos e milhares de pessoas no meio-o este dos Estados Unidos viram um curioso aparelho no céu, com luzes vermelhas, verdes e brancas, fato esse amplamente noticiado nos jornais de Chicago e diversas cidades; e, assim por diante, para só citar as principais aparições assinaladas no século passado.


Depoimento


No Brasil, quem primeiro avistou um disco voador parece ter sido o capitão de fragata Augusto Leverger. Deixamos aqui a preciosa citação de C.J. Dunlop para nos reportarmos, ainda sob sua inspiração, ao que se lê na “Gazeta Oficial do Império do Brasil”, quinta-feira, 26 de novembro de 1846, página 295:

“Na expedição das canhoneiras de Cuiabá para a cidade de Assunção, sob o comando do Capitão de Fragata Augusto Leverger, observou este um extraordinário fenômeno meteorológico que descreve de maneira seguinte:

”Observei esta noite um fenômeno como nunca antes vira. As 5 horas de 57 minutos estando o céu perfeitamente limpo, calmo, termômetro 60º, um globo luminoso com instantânea rapidez descreve uma curva de como 30º, ao rumo NNO. A direção fazia com o horizonte ângulo de, aproximadamente, 75º e 105º e agudo aberto pelo lado do Oeste.

Deixou substituir uma faixa de luz de 5º ou 6º de cumprimento e 30º a 35º de largura, na qual distinguiam-se três corpos cujo brilho era muito mais vivo que o da faixa, e igualava, se não excedia, em intensidade, o da lua cheia em tempo claro. Estavam superpostos e separados um dos outros.

O do meio tinha a aparência quase circular; o inferior parecia um segmento de círculo de 120º com os raios extremos quebrados; a forma que apresentava o de cima era de um quadrilátero irregular; a maior dimensão dos discos seria de 20 a 25’. Enfim acima deles via-se uma lista de luz muito fraca em forma de zig zag de como 3’ de largura e 5º ou 6º de comprimento. A altura angular da faixa grande sobre o horizonte parecia de 8º (Receosos de perder alguma circunstância do fenômeno não recorri ao instrumento para medir essas dimensões).

Foi tudo abaixando com não maior velocidade aparente do que os astros no seu ocaso, porém os globos luminosos mudarão de aspecto tomando a forma elíptica de cada vez mais achatada, e embaciando até parecerem pequenas nuvens. A faixa grande inclinou-se para N até ficar quase horizontal, mas o zig zag sempre conservou a mesma direção. Depois de 25’ tudo desapareceu, e não houve o mais leve sinal de perturbação na atmosfera.

Na cidade de Assunção conversei com o Ministro do Brasil e diversas outras pessoas que testemunharam esta, para nós todos, singular aparição. Uma circunstância que ao me parece muito digna de notar-se, é a direção em que o Ministro observava o fenômeno, não houve engano, pois referia a observação a um auro cujo azimute era fácil verificar, a esta direção era aproximadamente de ONO, fazendo por tanto um ângulo de 45º com a de NNO, que eu notara.

Submeti ao cálculo trigonométrico esta enorme paralaxe combinada com as posições geográficas de Assunção e do lugar onde eu observei, e achei que o fenômeno devera verificar-se na região atmosférica e tão somente a 3 léguas de Assunção".


Fonte: Portal Fenomenum (http://www.fenomenum.com.br/ufo/casuistica/a1950/leverger)

Informações adicionais

  • Complexidade do Texto: Intermediário
Ler 361 vezes Última modificação em Domingo, 14 Fevereiro 2021