Uma noite, ela pediu uma caneta, um pedaço de papel e um envelope. Escreveu alguma coisa, fechou o envelope e me deu. "Coloque isto no bolso e não abra. Você vai saber quando abrir", disse ela. Trinta minutos depois, minha esposa entrou em trabalho de parto e ela e eu fomos ao hospital. Mais ou menos nove horas depois, às 3h45 da manhã, nossa segunda filha nasceu. Pesava 3,6 kg e tinha mais ou menos 50 cm de comprimento. Como ainda era estávamos na era pré-celular, liguei para a minha mãe do hospital para contar a novidade. Ela atendeu e, imediatamente, disse: "Antes de dizer qualquer coisa, abra o envelope". Foi o que eu fiz. Nele, a seguinte mensagem: "Menina, 3h45, 3,6 kg, 50 cm". Guardei o bilhete por anos. Quando minha mãe morreu, precisei procurar alguns documentos, mas o bilhete tinha sumido.”