Vamos discutir como essas feridas moldam máscaras e impactam nosso desenvolvimento emocional.
É fundamental entender que todos carregamos traumas, crenças e limitações psicológicas impressas em nosso corpo físico. Como Wilhelm Reich afirmava: "O corpo é nosso inconsciente visível!" É através desses sinais corporais que podemos compreender nosso funcionamento psicológico.
Muitas vezes, cultivamos crenças que nos impedem de ser quem realmente queremos ser. Quando essas crenças nos prejudicam, tendemos a escondê-las tão profundamente que acreditamos que não existem mais.
No entanto, somente quando mente, emoções e corpo estão alinhados com nosso eu interior, nossa alma encontra plenitude. Por isso, é crucial trazer à tona o que está oculto em nosso interior para curá-lo, pois só podemos curar o que reconhecemos. Antes disso, estamos no escuro, sem saber que algo precisa mudar.
A alma que vem à Terra já sabe quais feridas precisa trabalhar e, por isso, escolhe um ambiente propício para seu crescimento. Nascemos em famílias que espelham nossas próprias demandas e características.
Ao longo da vida, atraímos pessoas e situações que ativam essas feridas até que possamos curá-las. Na infância, quando não conseguimos lidar com essas feridas, criamos máscaras para nos proteger no ambiente familiar. No entanto, essas máscaras acabam nos aprisionando e distorcendo nossa verdadeira natureza ao longo do tempo.
Nosso corpo nunca mente; ele revela através de sua forma e estrutura o que precisamos enfrentar e trabalhar. Se você se observar com atenção, verá que a resposta está na descrição da sua aparência corporal.
Antes mesmo de nascer, nossa alma atrai o ambiente e a família necessários para nossa próxima jornada. Isso nos permite trabalhar o que não conseguimos viver plenamente em vidas anteriores, e também proporciona aprendizado aos nossos pais através da nossa presença.
A maioria das crianças passa por quatro fases:
- Após experimentar a alegria de ser elas mesmas, enfrentam a dor de não poder agir assim livremente.
- Isso é seguido por um período de crise e revolta.
- Para mitigar a dor, a criança se resigna e cria uma nova personalidade, adaptando-se ao que os outros esperam dela.
- Durante a quarta fase, criamos diversas máscaras que nos protegem do sofrimento vivido na segunda fase. Cada uma dessas máscaras corresponde a uma das cinco grandes feridas básicas vividas pelo ser humano.
Ferida de Rejeição:
Descrição física: Corpo estreito, contraído, evita ocupar espaço. Pode parecer que a pele está grudada ao esqueleto, aparência fragmentada ou desigual.
Origem: Entre a concepção e um ano de idade, desafiando a figura parental do mesmo sexo.
Sintomas: Palavras como "Nulidade", "Nada", "Sumir", medo de entrar em pânico.
Ferida de Abandono:
Descrição física: Corpo comprido, magro, sem tônus, dorso curvado, olhos grandes e tristes.
Origem: Entre um e três anos de idade, desafiando a figura parental do sexo oposto.
Sintomas: Palavras como "Ausente", "Sozinho", "Não suporto", medo da solidão.
Ferida de Humilhação:
Descrição física: Corpo gordo, arredondado, rosto redondo, olhar intenso e sedutor.
Origem: Entre um e três anos de idade, desafiando a figura parental responsável pelo desenvolvimento físico e higiênico.
Sintomas: Palavras como "Ser digno", "Ser indigno", medo da liberdade.
Ferida de Traição:
Descrição física: Corpo exibe força e poder, ombros largos (homem) ou quadris largos (mulher), olhar brilhante e inquieto.
Origem: Entre dois e quatro anos de idade, desafiando a figura parental do sexo oposto.
Sintomas: Palavras como "Você entendeu?", "Sou capaz", medo da dissociação e separação.
Ferida de Injustiça:
Descrição física: Corpo aprumado, rígido, perfeito, movimentos tensos, pescoço duro, olhar brilhante.
Origem: Entre quatro e seis anos de idade, desafiando a figura parental do mesmo sexo.
Sintomas: Palavras como "Sem problema", "Sempre", "Nunca", medo da frieza.
Reconhecer essas feridas em nosso corpo e comportamento nos ajuda a entender nossas reações diante dos desafios da vida. Isso também nos permite reconhecer quando estamos usando máscaras em vez de agir de forma autêntica e sincera. Além disso, explica por que duas pessoas podem reagir tão diferentemente à mesma situação.
Veja o vídeo sobre esse assunto em nosso canal: https://youtu.be/dVUNgZ7h_h4