18 - Mito ou Realidade da Atlântida

“A Atlântida foi devidamente demonstrada de forma conclusiva pelos verdadeiros sábios que de quando em quando apareceram na Terra”.

Samael Aun Weor


A ATLÂNTIDA EXISTIU SIM!


Os povos e culturas da Idade da Pedra não são o princípio nem o fim do mundo, são unicamente a decadência e degeneração de riquíssimas civilizações anteriores, e isto está demonstrado pelos restos das culturas pré-históricas, pelos dados da filologia comparada, que demonstram a surpreendente riqueza psicológica das línguas arcaicas, e pelos documentos irrefutáveis da arte e literatura antigas.

Os povos verdadeiramente selvagens ou semisselvagens encontrados pelos exploradores modernos são, fora de qualquer dúvida, descendentes degenerados de povos extraordinariamente cultos que existiram antes da Idade da Pedra. Todos os povos selvagens ou semisselvagens têm lendas e tradições de uma Idade de Ouro ou de uma etapa heroica, mas na realidade estas tradições, estas lendas, falam de seu próprio passado, de sua própria e antiga civilização.

O mesmo fato explica com clareza meridiana a superioridade indiscutível dos desenhos paleolíticos, os mais antigos encontrados nas profundas cavernas da terra, em relação aos desenhos neolíticos, ou seja, os mais recentes.

Revelações de um Avatar

Existe no Códice Borgia a figura de Atlanteotl, que carrega sobre seus ombros a água celeste, exatamente como o Atlas grego, ao qual estamos acostumados a dar prioridade como símbolo.

Devemos dizer, enfaticamente e sem muita prosopopeia, que o legendário Atlas grego é cópia fidedigna do heroico Atlanteotl Maia e Asteca. Suprimida com delicado refinamento intelectivo a desinência “otl” daquele luminoso nome citado acima, resulta então a palavra Atlante.

Atlante-Otl: sendo esta palavra explicada por suas raízes, só nos resta dizer com grande ênfase que isto não é questão de vãs etimologias empíricas, arbitrariamente selecionadas, nem de meras coincidências, como supõem sempre os ignorantes ilustrados.

Trata-se de extraordinárias e legítimas concordâncias linguísticas, explicáveis somente graças ao tronco Atlante comum aos povos americanos e mediterrâneo-semitas. Inquestionavelmente, estes e aqueles tem suas raízes na Terra encantada de Olisis, a Atlântida submergida agora no mar das trevas, vapor sombrio de lendas de horror, de naufrágios pavorosos e de viagens sem retorno...

Mar imenso que em Gibraltar, além das Colunas de Hércules, estendes tormentoso tua onda infinita de Mistérios infranqueáveis aos navegantes!... A lenda trágica preenche teu espaço com o poder coletivo das gerações que assim te contemplaram, e o poeta escuta na voz de tuas ondas imensas o rumor de tuas tragédias e o rangido de teus mundos sepultados!...

A Atlântida, este vasto continente desaparecido, que se tinha como um sonho de poeta, uma criação da divina mente de Platão, o Iniciado, e nada mais, existiu realmente. A Intuição do poeta é a visão do Gênio; aquele que a nega é porque não pode ver com seu poder imenso...

Os Sábios só são grandes quando chegam a ser poetas; quando, sobrepondo-se ao detalhe, sentem as harmonias latentes no fundo de tudo o que existe e que podem arrebatar-nos a esferas superiores...

Assim é como o autor da “Metamorfose das Plantas” pôde escrever seu “Fausto”; o da Filogenia alçar seu Credo; Humboldt fazer seu Cosmos e Platão, o Divino, seu Timeu e Crítias, como Poe com sua Eureka, todos poemas da Vida Universal, que não é senão o hálito do Oculto... “Vês esse mar que abarca a terra de polo a polo? (disse a Cristóvão Colombo seu Mestre).

Já foi o Jardim das Hespérides. O Teide ainda lança relíquias suas, rebramando tremebundo qual monstro que via no campo da matança” ... “Aqui lutam Titãs; ali floresciam cidades populosas...hoje, em marmóreos palácios congregam-se as focas e de algas se vestem os prados onde pastavam as ovelhas” ...

Helena Petrovna Blavatsky, nas Estâncias Antropológicas, números 10, 11 e 12, disse textualmente o seguinte: “Assim, de dois em dois, nas sete zonas, a Terceira Raça (os Lemurianos) deu nascimento à Quarta (os Atlantes). Os Suras ou Deuses (Homens perfeitos) converteram-se em Asuras, em não-deuses (pecadores).

A Primeira em cada Zona era da cor da Lua; a Segunda, amarela como o ouro, a Terceira Vermelha, e a Quarta, de cor castanha, que se tornou negra pelo pecado... Cresceram em orgulho os da Terceira e Quarta (sub-raças Atlantes) dizendo: “Somos os Reis; somos os Deuses”.

Tomaram esposas de formosa aparência da Raça dos “ainda sem mente”, ou de “cabeça estreita”, engendrando monstros, demônios maléficos, homens machos e fêmeas e também Khados com mentes pobres. Construíram enormes cidades e, lavrando suas próprias imagens segundo seu tamanho e semelhança, as adoraram...

Fogos internos já haviam destruído a Terra de seus Pais (a Lemúria) e a água ameaçava a Quarta Raça (a Atlântida)... As primeiras Grandes Águas vieram e submergiram as Sete Grandes Ilhas...

Os bons foram todos salvos e os maus destruídos... Poucos homens ficaram: alguns amarelos, alguns de cor castanha e negra, e alguns vermelhos. Os da cor da Lua (os Tuatha) haviam desaparecido para sempre.

A Quinta Raça (a Humanidade que atualmente povoa a face da Terra, incluindo aos Maias, Incas, Quichuas, Toltecas, Nahuas e Astecas da América Pré-Hispânica), toda produzida do Tronco Santo (o Povo Eleito salvo das águas), ficou e foi governada pelos Primeiros Reis Divinos”...

As Serpentes (Dragões da Sabedoria ou Rishis) voltaram a descer e fizeram as pazes com os Homens da Quinta Raça, a quem educaram e instruíram”... No velho Egito dos Faraós, os Sacerdotes de Saís disseram a Sólon que a Atlântida havia sido destruída 9.000 anos antes de conversarem com ele.

O famoso doutor Schliemann, que teve a elevada honra de haver descoberto as ruínas da velha Tróia, encontrou no tesouro de Príamo um estranho jarro de forma muito peculiar, sobre o qual está gravada uma frase em caracteres fenícios que diz textualmente: “Do Rei Cronos da Atlântida”.

É interessante saber que entre os objetos desenterrados em Tiahuanaco, América Central, encontraram-se jarros muito semelhantes aos do tesouro de Príamo.

Quando esses jarros misteriosos foram intencionalmente quebrados com propósitos científicos, encontraram-se dentro deles moedas nas quais se podia ler com inteira clareza uma frase que dizia: “Emitido no Templo das Paredes Transparentes”.

Não cabe dúvida de que este Templo mencionado nos jarros misteriosos era a Tesouraria Nacional Atlante. Certamente, a Atlântida de Platão deixou de ser simplesmente um mito e se converteu em um fato concreto, real e efetivo.

Faz pouco, na Espanha, um grupo de cientistas preparava-se para a exploração da Atlântida. Bem sabem os especialistas em assuntos marinhos que existe uma grande plataforma no fundo do mar, entre a América e a Europa.

Inquestionavelmente, tal plataforma é da Atlântida. Em frente às costas do Peru, a 1.500 metros de profundidade, foram observadas colunas muito bem lavradas, muito bem talhadas, de edifícios Atlantes, e conseguiram-se magníficas fotografias sobre este particular.

Com tudo isto fica demonstrada a existência da Atlântida. Porém, os tontos cientistas continuam, como sempre, negando... Além de tudo isto, a questão racial, por si só, é um importante testemunho da Atlântida.

Se nos transladarmos, por um momento, a Toluca (México), encontraremos o olho oblíquo, próprio da raça japonesa e da China Oriental. Isto é mais que suficiente para indicar-nos um tronco comum entre o Leste e o Oeste.

Porém, continuemos estudando algumas provas significativas. Para isto passo a transcrever a tradução de um Manuscrito Maia que é parte da famosa coleção de “Le Plongeon”, os manuscritos de Troano, e que podem ser vistos no Museu Britânico: “No ano 6 de Kan, o 11 Muluc, no mês Zrc, ocorreram terríveis terremotos que continuaram sem interrupção até o 13 Chuen.

O país das colinas de barro, da Terra de Mu, foi sacrificado. Depois de dois tremores, desapareceu durante a noite, sendo constantemente estremecido pelos fogos subterrâneos, que fizeram com que a terra se afundasse e reaparecesse várias vezes e em diversos lugares.

Por fim a superfície cedeu, e dez países se separaram e desapareceram. Afundaram 64 milhões de habitantes, 8.000 anos antes de se escrever este livro”. Nos arquivos antiquíssimos do antigo templo de Lhasa (Tibet), pode-se ver uma antiga inscrição Caldéia escrita uns 2.000 anos antes de Cristo, e que diz textualmente:

“Quando a Estrela Bal caiu no lugar onde agora só há mar e céu (o Oceano Atlântico), as Sete Cidades com suas portas de ouro e Templos Transparentes tremeram e estremeceram como as folhas de uma árvore movidas pela tormenta”.

E eis que uma onda de fogo e de fumaça se elevou dos palácios; os gritos de agonia da multidão encheram o ar. Buscaram refúgio em seus templos e cidadelas e o Sábio Mu, o Sacerdote de Ra-Mu, apresentou-se e disse: “Não vos predisse tudo isto?”. E os homens e mulheres, cobertos de pedras preciosas e brilhantes vestiduras, clamaram : Mu, salva-nos!”, e Mu replicou: “Morrereis com vossos escravos e vossas riquezas, e de vossas cinzas surgirão novas nações.”

Se eles (referindo-se à nossa atual raça Ária) se esquecerem de que devem ser superiores, não pelo que adquirem, mas pelo que dão, a mesma sorte lhes caberá.

As chamas e a fumaça afogaram as palavras de Mu, e a terra se fez em pedaços e submergiu com seus habitantes nas profundidades em alguns meses”. E o que poderiam agora exclamar nossos amáveis críticos, diante destas duas histórias, uma do Tibet Oriental e outra da América Central, que de forma específica relatam ambas a mesma catástrofe? Além de tão extraordinárias semelhanças, se realmente queremos mais evidências, é óbvio que devemos então apelar à filologia.

É óbvio e manifesto que o “Viracocha” peruano é certamente o mesmo “Viraj”, Varão Divino, “Kabir”, ou “Logos” dos Hindus, o “Inca”, palavra esta que, ao escrever-se com as sílabas invertidas, pode ler-se “Cain” (Sacerdote-Rei).

Por isso, não são de estranhar as infinitas conexões intrínsecas que a Doutrina e o feitos dos Primeiros Incas guardam com toda a Iniciação Oriental.

O grande historiador romano César Cantu liga sabiamente os primeiros Incas com certas tribos Mongóis, ou Shamanas antiquíssimas, o que equivale a dizer que nisso da inopinada apresentação do Manu do Norte, ou Manco Capac, e de sua nobre companheira (Coya ou Iaco) se deu acaso a milagrosa circunstância que inteligentemente nos faz notar Helena Blavatsky, relativa ao fenômeno teúrgico desses seres puros ou Shamanos, que podem emprestar seu corpo físico aos Gênios dos mundos supra-sensíveis, com o evidente propósito de ajudar a humanidade; portento este que de modo algum deve ser confundido com o Mediunidade espírita...

O Inefável “Tao” chinês é o mesmo “Deus” latino, o “Dieu” francês, o “Theos” grego, o “Dios” espanhol, e também o “Teotl” Nahuatl-Asteca. O “Pater” latino é inquestionavelmente e de forma irrefutável o mesmo “Father” inglês, o “Vater” alemão, o “Fader” sueco, o mesmíssimo “Padre” espanhol e, por último, o “Pa” ou “Ba” Indo-Americano.

A doce “Mater” do Latim indubitavelmente é a mesma “Mat” russa, a “Mére” francesa, a “Mother” inglesa, a nobre “Madre” espanhola e também a “Na” ou “Maya” em Maia ou Quíchua.

Extraordinárias similitudes linguísticas que assinalam e indicam algo mais que mera ostentação, exibicionismo ou boato etimológico... UM ENORME CONTINENTE Nosso planeta Terra não foi sempre como é agora, mudou sua fisionomia várias vezes.

Se examinarmos os quatro mapas de Elliot Scott, veremos que a Terra, há um milhão de anos, era completamente diferente. Esses quatro mapas geográficos merecem ser tidos em consideração. São parecidos com quatro mapas que existiram e que ainda continuam existindo em algumas criptas subterrâneas da Ásia Central.

Tais mapas são desconhecidos para os sabichões da ciência materialista. São guardados secretamente com o propósito de conservá-los intactos, pois bem sabemos que os senhores da falsa ciência estão sempre dispostos a alterar tudo com o objetivo de justificar suas tão cacarejadas teorias.

O primeiro desses mapas de Elliott Scott chama muito a atenção, é interessantíssimo. Nele se vê o que era o mundo uns oitocentos mil anos antes de Jesus Cristo. Então, a região dos braquicéfalos da tão cacarejada antropologia ultramoderna não existia.

Desde o estreito de Bhering, passando pela Sibéria e Europa até a França e Alemanha, a única coisa que havia era água. A Sibéria e a Europa não haviam surgido do fundo dos oceanos. Da África existia apenas a parte oriental, porque o Oeste e o Sul daquele continente estavam submersos nas ondas embravecidas do oceano.

Aquele pequeno continente que então existia na África Oriental era conhecido com o nome de Grabonzi. A América do Sul estava afundada nas águas do oceano, não havia vindo à existência. Estados Unidos, Canadá, Alasca, tudo isso estava submerso no oceano, e, no entanto, o México existia.

Parece incrível que oitocentos mil anos antes de Jesus Cristo já existisse o México. Quando a Europa ainda não existia, o México existia; quando a América do Sul não havia ainda saído do fundo do oceano, o México já existia.

Isto nos convida a compreender que nas entranhas desta terra do México, tão arcaica como o mundo, existem tesouros arqueológicos e esotéricos extraordinários que ainda não foram descobertos pela pá dos arqueólogos.

O antigo mar de Kolhidius, situado ao noroeste do continente então recém-formado e conhecido como Ashhark (Ásia), mudou de nome, e hoje é conhecido com o nome de Mar Cáspio. As costas deste Mar Cáspio eram formadas por terras que, ao emergir do oceano, se haviam unido ao continente da Ásia.

A Ásia, o Mar Cáspio e todo este bloco de terra junto é o que hoje em dia se conhece como Cáucaso. Dito bloco chamou-se naqueles tempos Frianktzanarali, e mais tarde Kolhidishissi; porém, hoje em dia, como já dissemos e repetimos, é o Cáucaso.

Naquele tempo, um grande rio que fertilizava toda a rica terra de Tikliamis desembocava no mar Cáspio; esse rio se chamava então Oksoseria, e ainda existe, porém já não desemboca no mar Cáspio, devido a um tremor secundário que o desviou para a direita.

O rico caudal de água desse rio precipitou-se violentamente pela zona mais baixa do continente asiático, dando origem ao pequeno Mar de Aral; porém o antiquíssimo leito desse velho rio, chamado agora de Amu Darya, ainda pode ser observado, como um sagrado testemunho do curso dos séculos.

A Atlântida passou por terríveis e espantosas catástrofes antes de desaparecer totalmente. A primeira catástrofe aconteceu há mais ou menos 800.000 anos; a segunda há uns 200.000 anos; a terceira catástrofe aconteceu faz uns 11.000 anos, da qual, como de seu dilúvio, todos os povos guardam recordação mais ou menos confusa.

Depois da terceira grande catástrofe, que acabou com a Atlântida, o antigo país de Tikliamis, com sua formidável capital situada nas margens do já citado rio, que desembocava no mar Cáspio e que mais tarde deu origem ao Mar de Aral, foi coberto pela areia com todas as suas cidades e aldeias, e agora é só um deserto.

Por aquelas épocas, desconhecidas para um César Cantu e sua História Universal, existia na Ásia outro belo país conhecido com o nome de Marapleicie; este país comercializava com Tikliamis e até existia entre ambos muitíssima concorrência comercial.

Mais tarde, este país de Marapleicie veio a tomar o nome de Goblândia, devido à grande cidade de Gob. Goblândia e sua poderosa cidade foram tragadas pelas areias do deserto. Sob as areias do deserto de Gobi encontram-se ocultos riquíssimos tesouros Atlantes e poderosas máquinas desconhecidas para esta raça Ária.

De quando em quando as areias deixam a descoberto todos esses tesouros, mas ninguém se atreve a tocar nisso, porque aquele que o tenta é morto instantaneamente pelos Gnomos que os cuidam. Só os homens da futura Sexta Grande Raça poderão conhecer esses tesouros, e somente sob a condição de uma conduta reta.

Na época da antiga Atlântida existiam cidades poderosas: Yafabin era a Paris da época, onde se reunia a elite intelectual, e Toyan, a cidade das sete portas, situada no ângulo sudoeste, era a capital daquele grande país.

A Atlântida projetava-se desde o Brasil até os Açores, e deste a Nova Escócia diretamente por todo o oceano Atlântico; isto está completamente comprovado. Assim, na realidade a Atlântida cobria em sua totalidade o oceano que leva seu nome. Era um grande país. Imaginem por um momento a Atlântida projetando-se até os Açores , até a Nova Escócia e descendo até onde hoje é o Brasil.

Como restos da Atlântida temos o arquipélago das Antilhas, etc.; as Canárias também são vestígios do que foi a Atlântida, e a própria Espanha não é mais que um pedaço da antiga Atlântida. Como era enorme esse continente! Estendia-se de Sul a Norte; era grandioso. Afundou ao longo de incessantes terremotos.

Várias catástrofes, como afirmamos, foram necessárias para que a Atlântida desaparecesse definitivamente. É absurdo dizer que aquele continente afundou “como a nata do leite”; é uma afirmação néscia dos ignorantes ilustrados.

A Atlântida afundou em consequência da revolução dos eixos da Terra; mas isto os adeptos do materialismo desconhecem. A catástrofe da Atlântida deixou nossos continentes em má situação.

Observem as Américas e verão que do lado do Pacífico se inclinam como que querendo afundar-se no oceano, enquanto o lado oriental se levanta. É algo similar ao que acontece a um barco: nunca afunda verticalmente, mas sempre de lado.

A própria Cordilheira dos Andes inclina-se para o Oceano Pacífico. Observemos a Europa: não há dúvida de que tende a afundar pelo Mediterrâneo, está mais submersa em direção à profundidade. O mesmo ocorre com a Alemanha e a Rússia.

O continente asiático está inclinado, como que querendo afundar-se pelo mar das Índias. Os continentes ficaram danificados pela grande catástrofe da Atlântida, que desequilibrou a formação geológica de nosso mundo.

Sempre existe uma idade primária, secundária, terciária e quaternária. Pensemos nestas idades em relação com os movimentos que experimenta a gema terrestre, esse movimento geológico que ocorre periodicamente sobre seu próprio eixo, no movimento de continentes sobre essa substância pastosa e gelatinosa.

A Terra se parece em sua constituição a um ovo: os continentes são como a gema sustentando-se sobre uma substância clara pastosa, fluídica e gelatinosa. Essa gema não está quieta, se move e gira periodicamente sobre um eixo.

Desse ponto de vista podemos falar de idades primárias, secundárias, terciárias e quaternárias, de um Eoceno, de um período primário desconhecido pelos povos, do Oligoceno, Mioceno e Plioceno, com este tipo de catástrofes que também existem, com glaciações terríveis, não o negamos. Esclareço que a Atlântida marca o término da Era Terciária, no final da Atlântida.

Essa Era Terciária foi belíssima por seus édens e deliciosa por seus grandes paraísos. Houve várias glaciações. Não há dúvida de que nos aproximamos de outra glaciação.

Existem catástrofes produzidas pela revolução dos eixos da Terra, pela verticalização dos polos do mundo. Também há catástrofes produzidas pelo movimento dos continentes. Então surgem terremotos e vêm glaciações.

Fala-se de cinco glaciações que ocorreram de acordo com os movimentos dos continentes, porém devemos saber que houve glaciações produzidas pela verticalização dos polos da Terra. Durante a época da Atlântida, os polos Norte e Sul não estavam onde estão agora.

Então, o Polo Norte, o Ártico, estava localizado sobre a linha equatorial, no ponto extremo oriental da África e da Antártica. O Polo Sul se encontrava situado exatamente sobre a mesma linha equatorial, do lado oposto, em um lugar específico no Pacífico.

Houve, portanto, mudanças tremendas na fisionomia do globo terrestre. Os verdadeiros mapas antigos são desconhecidos para os sábios desta época. Nas criptas secretas dos Lamas, nos Himalaias, existem mapas da Terra antiga, cartas geográficas que demonstram que nosso mundo teve outra fisionomia no passado...


UMA PODEROSA CIVILIZAÇÃO


O homem que inventou os fatídicos termos Bem e Mal foi um Atlante chamado Makari Kronvernkzyon, membro eminente da sociedade científica Akaldan situada no submergido continente Atlante. O velho sábio arcaico jamais suspeitou o dano tão grave que iria causar à humanidade com o invento de suas duas palavrinhas.

Os sábios Atlantes estudaram profundamente todas as forças evolutivas, involutivas e neutras da Natureza; porém, ocorreu a este velho sábio a ideia de definir as duas primeiras com os termos “bem” e “mal”. Às forças de tipo Evolutivo chamou “boas”, e às forças de tipo Involutivo batizou com o termo “más”. Às forças Neutras não deu nome algum.

Ditas forças se manifestam dentro do homem e na Natureza, sendo a força Neutra o ponto de apoio e equilíbrio. Muitos séculos depois da submersão da Atlântida com sua famosa Poseidonis, da qual fala Platão em sua “República”, existiu na civilização oriental Tiklyamisiana um sacerdote antiquíssimo, que cometeu o gravíssimo erro de abusar dos termos “Bem” e “Mal”, utilizando-os estupidamente para basear neles uma Moral.

O nome desse sacerdote foi Armanatoora. Com o decorrer da história através dos inumeráveis séculos, a humanidade se viciou com estas palavrinhas e as converteu no fundamento de todos os seus Códigos Morais. Hoje em dia estas duas palavrinhas são encontradas até na sopa.

Educação Fundamental Sobre a Atlântida desenvolveu-se uma grande raça, uma raça de gigantes: tinham corpos de até três metros de estatura (por isso é que a lenda dos séculos nos fala de “Briareu”, “o dos cem braços”); uma verdadeira raça de cíclopes. Esta raça chegou a ter uma civilização poderosa, milhões de vezes mais poderosa que a nossa.

A raça Atlante teve suas quatro estações. Teve sua Primavera, ou seja, sua Idade de Ouro; então não existiam fronteiras, tudo era amor, a inocência reinava sobre a face da terra. As pessoas sabiam tocar a Lira e estremeciam o Universo com suas melodias; então realmente a Lira ainda não havia caído feita em pedaços sobre o pavimento do Templo.

Aqueles que governavam a Atlântida eram Reis Divinos, Reis Sagrados, que tinham poder sobre o Fogo, o Ar, a Água e a Terra, sobre tudo o que é, foi e será. Mais tarde reinou a Idade de Prata, durante a qual tudo pareceu decrescer; no entanto, todos os homens continuavam comunicando-se com os Seres Inefáveis (os Anjos do Cristianismo).

Quando chegou a Idade de Cobre, a Luz se obscureceu; já não havia os esplendores de antes; começaram a estabelecer-se fronteiras, iniciaram-se as guerras, nasceram os ódios, o egoísmo, a inveja, etc., e por fim chegou a Idade Negra, a Idade de Ferro: obviamente a Idade de Cobre foi a precursora da Idade de Ferro Atlante.

A Idade de Cobre foi o outono, e a Idade de Ferro, o Inverno. Na Idade de Ferro os Atlantes desenvolveram uma poderosa civilização; criaram foguetes atômicos que podiam viajar não só à Lua, mas também a Mercúrio, Vênus, Marte e, em geral, a todos os planetas do Sistema Solar.

Eu vivi na Atlântida e posso dar testemunho disso. Em uma daquelas cidades havia um cosmo porto maravilhoso; desse cosmo porto saíam naves cósmicas, foguetes atômicos, para um ou outro planeta do Sistema Solar.

Agradava-me chegar a uma espécie de Caravansin - assim se chamavam os restaurantes daquela época - e dali contemplávamos, através de grandes janelas de vidro, todo o cosmo porto. Agradava-me ver como saíam esses foguetes rumo à Lua. No princípio isto causava grande assombro, e se ouviam os gritos das multidões; depois, tornou-se muito comum.

Na Atlântida houve uma civilização da qual nem remotamente suspeitam os seres humanos de hoje em dia. As casas dos Atlantes eram sempre rodeadas de muros, de muralhas, e tinham jardins na frente e detrás.

O continente Atlante se estendia e orientava até o Sul, e os locais mais elevados até o Norte; suas montanhas excediam em grandeza, elevação e número a todas as que existem atualmente. Os leões puxavam as carruagens. Vocês veem os leões de hoje em dia, furiosos e terríveis; pois na Atlântida os leões serviam como animais de tração, puxavam os carros em que andavam os reis e alguns cidadãos. Esses animais, naquela época, eram domésticos.

Os cães eram muito maiores, enormes; agora são pequenos; naquela época eram mastodontes. Serviam para defender as casas dos cidadãos, eram furiosos. Os cavalos também existiam, porém eram gigantescos. Havia elefantes enormes; os mamutes, antecessores dos elefantes, abundavam nas selvas e montanhas, eram enormes.

Os Atlantes aprenderam a “desgravitar” os corpos à vontade. Com um pequeno aparelho, que cabia na palma da mão, podiam levitar qualquer corpo, por mais pesado que fosse. Os Atlantes, especialistas em transplantes, não só transplantaram vísceras como o coração, rins, pâncreas, etc., mas aprenderam também a transplantar cérebros.

Isto de transplantar cérebros foi já o cume na ciência dos transplantes; assim, houve indivíduos que puderam continuar vivendo em corpos diferentes e sem interrupção, transplantando seus cérebros de um organismo a outro.

A ciência dos Atlantes foi formidável; ainda existem cavernas secretas nos Himalaias onde se conservam certos aparelhos mecânicos que podem transmitir telepaticamente o conhecimento a quem o deseje. Não necessitavam, pois, matutar muito para adquirir conhecimento.

No campo da física nuclear, conseguiram a iluminação atômica de forma maciça. Todas as cidades usavam a iluminação atômica: os campos eram iluminados pela energia nuclear, suas casas pela energia atômica.

As lâmpadas atômicas iluminavam os palácios e os templos de “Paredes Transparentes”. Bem sabemos que existem certas cavernas na Ásia onde ainda se conservam lâmpadas atômicas que pertenceram aos Atlantes.

No terreno da mecânica, posso assegurar-lhes que seus automóveis não só eram anfíbios, mas que também podiam voar pelos ares e eram movidos a energia nuclear (extraíam a energia não somente do urânio e do rádio, mas de muitos outros metais, e de muitos grãos vegetais também, e lhes saía muito barata).

Em matéria de navegação aérea, tiveram naves mais poderosas que as atuais: verdadeiros barcos voadores, que também eram movidos a energia nuclear. Os Atlantes aprenderam também a utilizar a energia solar; o pior de tudo foi que desenvolveram poderes mágicos para o mal.

Além de cientistas eram magos; chegaram a construir um robô e dotá-lo de um princípio inteligente; conheciam bem os elementais do Fogo, dos Ares, das Águas e da Terra. Para eles os Elementais da Natureza, isso que os contos infantis chamam de Fadas, Salamandras ou Silfos, eram uma tremenda realidade.

Ainda possuíam o sentido da clarividência. É óbvio que com este sentido podiam ver perfeitamente não só o mundo tridimensional de Euclides, mas também a quarta coordenada, a quinta, a sexta e até a sétima. Então, se apoderavam de qualquer dessas criaturas dos Elementos, criaturas invisíveis para os sentidos comuns, e as colocavam dentro de seus robôs.

Tais robôs de fato se converteram em seres inteligentes, em seres que serviam a seus senhores, podendo informá-los sobre os perigos que se aproximavam e sobre múltiplas coisas da vida prática em geral.

Os Atlantes foram enormemente adiantados. Existia uma Universidade Atlante maravilhosa. Quero me referir, de forma enfática, à Sociedade Akaldana, uma verdadeira Universidade de sábios.

Estes estudaram a “Lei do Eterno Heptaparaparshinock” (a Lei do Sete) de forma maravilhosa; aprenderam a concentrar os raios solares para fazê-los penetrar determinadas câmaras, sabiam transformar as sete cores do prisma solar, ou seja, retirar a “positiva” dos raios do prisma solar.

Uma coisa é ver as sete cores prismáticas, e outra é transformá-las de forma positiva, retirar a “positiva” dessas sete cores. Os cientistas modernos estudaram as sete cores fundamentais do espectro solar, mas não tiraram a “positiva” dessas sete cores.

Os sábios Atlantes sabiam retirar a “positiva real” das sete cores do prisma solar; e com esta realizavam verdadeiros prodígios. Recordo, com efeito, o caso dos sábios chineses que fizeram experimentos (também no estilo Atlante) com as sete cores do espectro solar.

Retirando a “positiva”, por exemplo, das sete cores, puseram ópio diante de um raio colorido, e então viram como o ópio se transformava em outras substâncias. Puseram um pedaço de bambu, umedecido em determinada substância de uma cor azul, por exemplo (positivo do espectro solar, não negativo), e se viu como esse bambu se tingia firmemente com a cor azul...

Fez-se passar, por exemplo, o som (a nota Dó, ou Ré, ou Mi), em combinação com determinada cor, e viu-se como a nota alterava a cor, dava-lhe outra cor completamente diferente. Usaram-se os sete raios, em sua forma positiva, para realizar prodígios no continente Atlante; estudou-se a fundo a “Lei do Eterno Heptaparaparshinock”.

Um sábio Atlante, que usava leite de cabra mesclado com resina de pinho sobre uma placa de mármore, viu como, ao decompor-se aquele leite com a resina, formava sete capas distintas, e foi induzido a estudar a “Lei do Eterno Heptaparaparshinock”, a Lei do Sete. O rito mais poderoso da Atlântida foi o do Deus Netuno.

Este Deus governou sabiamente a Atlântida; chegou a tomar corpo físico na Terra, viveu na Atlântida e escreveu seus preceitos nas colunas dos Templos. Era de admirar-se, e merecia ser visto, o templo sacratíssimo deste Deus Santo.

As paredes e muros prateados do templo assombravam por sua beleza, e as cúpulas e tetos eram todos de ouro maciço da maior pureza. O marfim, a prata, o ouro e o latão luziam no interior do Templo de Netuno, com todos os régios esplendores dos antigos tempos.

A gigantesca escultura sagrada do tão venerado e sublime Deus Netuno era toda de ouro puro. Aquela inefável estátua misteriosa, montada em seu belo carro puxado por exóticos corcéis, e a respeitável corte de cem Nereidas infundiam na mente dos devotos Atlantes profunda veneração.

Antigas tradições afirmam que os Atlantes tiveram além disso um metal mais precioso que o ouro, o famoso “orichalcum” (oricalco). O culto a Netuno foi famosíssimo, assim como o dos Elementais das Águas, o das Sereias do imenso mar, o das Nereidas, o dos Gênios do oceano. Foi uma época extraordinária, Netuniana, Amentina, antiquíssima, que vinha de um remoto passado.


A DECADÊNCIA DA ATLÂNTIDA


As cidades Atlantes floresceram enquanto seus habitantes permaneceram fieis à religião de seus pais, enquanto cumpriram os preceitos do Deus Netuno, enquanto não violaram a lei e a ordem; porém, quando profanaram as coisas sagradas, quando abusaram do sexo, quando se mancharam com os sete pecados capitais, foram castigados e submergidos com todas as suas riquezas no fundo do oceano.

Ainda me vem à memória o caso de Ketabel, “a dos tristes destinos”, uma Rainha Atlante que governou soberana nos estados do sul do continente submergido e na poderosa Cidade das Portas de Ouro.

A beleza maligna de Ketabel cativava com sua necromancia; fascinava e seduzia com seus encantos príncipes e reis, e muitas donzelas e meninos foram imolados em seu nome às tenebrosas entidades dos Mundos-Infernos.

A medicina sacerdotal Atlante descobriu naqueles tempos o que hoje podemos chamar cientificamente de Opoterapia humana, ou seja, a aplicação nos doentes e decrépitos dos sucos glandulares da pituitária, tiroidiana, adrenalina, etc.

Esses sacerdotes-médicos não só utilizavam a química dessas glândulas endócrinas, hormônios, sucos, como também a hiper química de tais glândulas, os fluidos psíquicos vitais dos chacras ou centros magnéticos do organismo humano, intimamente relacionados com tais centros endócrinos.

As vítimas da imolação, depois de serem retiradas das pedras de sacrifício, eram levadas a certas câmaras secretas onde os sacerdotes-médicos extraíam dos cadáveres as preciosas glândulas endócrinas, tão necessárias para conservar o corpo da Rainha fatal, que suportou o peso de muitos séculos com todo o encanto e a beleza da juventude.

O mais espantoso de tudo era aquele momento em que os sacerdotes, depois de extrair secretamente as glândulas do cadáver, o atiravam às fanáticas multidões envilecidas, que, sedentas, o devoravam; desgraçadamente, esses povos tornaram-se antropófagos. Assim começou a degeneração ou involução dos Atlantes.

Infelizmente, com o Kali-Yuga a raça Atlante degenerou terrivelmente, e a humanidade se entregou à magia negra: pronunciava-se uma palavra diante do inimigo, um mantra, e este caía morto instantaneamente.

Os Atlantes podiam fabricar um monstro mental e, em seguida, cristalizá-lo por meio da vontade; posteriormente o alimentavam de sangue. Na decadência da raça Atlante ocorreram coisas horríveis: a humanidade degenerou em vícios, no homossexualismo, no lesbianismo, nas drogas, etc.

As forças do sexo foram utilizadas para o mal, para causar dano a outras pessoas à distância. O álcool, como hoje em dia, a luxúria, a degeneração levada ao máximo acabaram com um império florescente.

Em seus tempos de esplendor foi belíssima, porém, quando degenerou, viram-se coisas horríveis. As guerras Atlantes nos últimos tempos foram espantosas; utilizou-se a energia nuclear; bombas atômicas acabaram com preciosas cidades da Atlântida.

Chegou o dia em que houve uma revolução dos eixos na Terra: os mares se deslocaram, mudando seus leitos; o que eram polos se converteu em Equador, o que era Equador se converteu em polos. Então pereceram milhões de pessoas. Todas as cidades poderosas da Atlântida ficaram submersas no oceano que leva seu nome.

Os Sacerdotes de Saís disseram a Sólon: “Todos os corpos celestes que se movem em suas órbitas sofrem perturbações que determinam, com o tempo, uma destruição periódica das coisas terrenas por um grande fogo”.

A história do Dilúvio Universal, da qual se encontram versões nas tradições de todas as raças humanas, são simples lembranças da Grande Catástrofe Atlante. Vem à memória nestes momentos o caso das multidões que invadiram o gigantesco Templo de Netuno entre os terremotos, o fogo e as inundações.

As pessoas, desesperadas, clamavam ao grande sacerdote Ramu dizendo: “Ramu, salva-nos!” Ramu apareceu diante de todos, exclamando: “Já lhes havia dito: perecereis com vossas mulheres, vossos escravos e vossos filhos, e a futura raça, se seguir vosso exemplo, também perecerá”.

Contam as tradições que as últimas palavras de Ramu foram afogadas pela fumaça e as chamas. O continente Atlante afundou no meio de fortes terremotos. A catástrofe que acabou com a Atlântida foi pavorosa. Não cabe dúvida alguma de que o resultado da violação da Lei é sempre catastrófico. Concluída aquela grande catástrofe, iniciou-se uma nova raça.

Obviamente, dentre aquelas multidões que pereceram, antes que a catástrofe ocorresse, escapou um povo. As tradições mantêm que um grande Mestre chamado Vaivasvata, o Noé bíblico, advertiu as pessoas sobre o que ia acontecer, mas estas zombaram dele e, nas vésperas do grande cataclismo, comiam, dançavam, se divertiam e contraíam matrimônio.

Os Santos que regem o destino da humanidade exortaram o Manu Vaivasvata para que saísse com seu povo antes que o continente Atlante submergisse, e este soube escapar oportunamente à frente de seu povo.

Teve que fugir de noite, e, como os Senhores da Face Tenebrosa, os reis e donos desses poderosos robôs, tinham aviões maravilhosos com os quais podiam escapar através do espaço, os líderes do povo seleto do Manu Vaivasvata se apoderaram daquelas naves e as destruíram.

Quando os perversos moradores daquelas terras despertaram de seu sono (porque a viagem foi noturna), notaram com grande assombro que as águas estavam invadindo suas terras.

Imediatamente foram em busca de suas naves aéreas; compreenderam o que havia acontecido e trataram de perseguir o povo seleto, mas só conseguiram matar uns poucos. Aqueles Senhores da Face Sombria (os Atlantes) morreram, foram devorados pelas águas.

Hoje jazem no fundo do oceano Atlântico cidades maravilhosas; agora só os peixes percorrem os belos lugares onde antes existiram salas esplêndidas, movimento de pessoas...


A RAÇA ÁRIA


As pirâmides do Egito foram construídas pelos Atlantes, muitíssimos milhares de anos antes de Jesus Cristo. Consideramos que a Grande Pirâmide data de uns 27.000 anos antes de Cristo, e as outras têm, mais ou menos, idades similares.

No entanto, e ainda que pareça incrível, as pirâmides do México são mais antigas. Não foram construídas, como se diz, por volta do ano de 1.325. Absolutamente, não! São muito mais antigas. Mais antigas que as egípcias e foram construídas diretamente pelos Atlantes.

Aqueles que disserem que a grande Tenochtitlán foi fundada ao redor do ano de 1.325 estão completamente equivocados. Aqueles que afirmam que foi no ano de 1.400 ou no ano de 1.500, estão muito mais equivocados.

El Quinto Evangelio “Entrevistas en Radio IQ (Segunda Entrevista)”

A época da submersão da Atlântida foi realmente uma era de muitas mudanças geológicas. Emergiram do seio profundo do imenso mar outras terras firmes, que formaram novas ilhas e continentes.

Alguns sobreviventes Atlantes se refugiaram no pequeno continente de Grabonzi, hoje África, o qual aumentou em tamanho e extensão porque a ele se somaram outras áreas de terra firme que emergiram dentre as águas vizinhas.

Os membros da Sociedade Akaldana formaram parte daquele povo seleto que soube fugir da Atlântida quando compreendeu que uma grande catástrofe se aproximava. Os sábios desta sociedade se situaram, a princípio, ao sul do continente africano; depois emigraram para Cairona, hoje o Cairo.

Nas terras de Nília, do Nilo, ou do Egito, estabeleceram sua famosa Universidade, e a Esfinge frente à mesma. As garras de Leão da Esfinge representam o Fogo; a cabeça da Esfinge representa a Água; as patas de touro da Esfinge representam o elemento Terra; as asas da Esfinge representam o elemento Ar. São quatro as virtudes necessárias para se chegar à Autorrealização Íntima do Ser: há que ter a Coragem do Leão, a Inteligência do Homem, as Asas do Espírito e a Tenacidade do Touro.

Só assim é possível chegar à Autorrealização Íntima do Ser... A Sociedade Akaldana em Cairona estabeleceu um Templo de Astrologia. Então se estudavam os Astros, não com telescópios, como se faz hoje em dia, mas com o “sexto sentido”.

Quando se examinam as pirâmides (sobretudo a Grande Pirâmide) se veem certos canais que, como tubos, vão desde o fundo, desde a profundidade de uma cripta subterrânea, até em cima, até a parte superior da Pirâmide.

Muito se pensou ou conjecturou sobre tais “canais”, porém esses eram telescópios, e o observatório não estava em cima, mas embaixo, no próprio fundo da cripta. Ali se colocava um recipiente com água; em determinada data se sabia que tal astro seria visível, e certamente se refletia na água.

Os adeptos da Astrologia observavam na água o Astro em questão, não somente com as faculdades físicas, mas também com as psíquicas. Em vez de olhar para cima, olhavam para a água, e ali na água, com o “sexto sentido”, estudavam os astros.

Os irmãos da Sociedade Akaldana, os grandes sábios, eram Astrólogos muito idôneos: nascia um menino, e de imediato levantavam seu Horóscopo. Não horóscopos ao estilo moderno, não horóscopos meramente convencionais e muito cotados; não, aquilo era muito diferente: os sábios Astrólogos olhavam os Astros diretamente.

Com procedimentos que hoje se ignoram, podiam ler o horóscopo das crianças, e, por certo, jamais falhavam em suas profecias e em seus cálculos. Os meninos se casavam desde recém-nascidos; já se sabia qual ia ser sua esposa e as desposavam.

Não quero dizer que por tal motivo iam viver juntos desde o princípio, pois isso seria absurdo; mas já se sabia, para a menina recém-nascida, qual ia ser seu marido, e o varão, a seu tempo e hora, era informado de quem ia ser sua mulher. Cumprida a maioridade, eram unidos em matrimônio.

Os cidadãos se orientavam em seu ofício ou profissão com precisão matemática e sob a direção daqueles Astrólogos. Eles sabiam para que havia nascido cada cidadão, para que serve cada homem - pois todo homem serve para algo, o importante é saber para que serve. Esses sábios Astrólogos sabiam para que servia cada criatura que nascia. Nunca falhavam esses sábios da Sociedade Akaldana!...

Esta era a verdadeira sabedoria dos Atlantes. Outros descendentes deste vasto continente foram também os Maias, por exemplo. Os Maias emigraram para o Tibet, para o Egito e para a América Central. Parece incrível, mas no Tibet ainda se fala Maia, e o Maia é uma língua sagrada e ritual do Tibet.

Recordemos que o Naga e o Maia são muito similares. Jesus de Nazaré aprendeu Maia no Tibet. Aquela frase de Jesus, que diz ao pé da letra: “Heli, Heli Lamah Zabactani”, é interpretada de formas diferentes: “Senhor, Senhor, - dizem alguns – como me haveis glorificado”; “Senhor, Senhor, - dizem outros – porque me abandonaste?”.

Quando os judeus a escutaram disseram a si mesmos: “Este chama Elias, para que venha salvá-lo”... No entanto, os judeus não entenderam o significado dessa frase, porque não era uma frase hebraica, nem sânscrita, nem tibetana. “Agora me submergirei na aurora de tua Presença” é, indubitavelmente, seu sentido no idioma Maia (é uma frase ritual Maia).

Inquestionavelmente, o Grande Hierofante Jesus aprendeu o Naga e o Maia no Tibet Oriental, e isto está demonstrado. No Sagrado Monastério de Lasa, no Tibet, existe ainda um livro que diz textualmente: “Jesus se converteu no mais proficiente Mestre que já esteve na Terra”.

Um sábio escritor disse: “Está estabelecido historicamente que a Ciência-Religião conhecida por Cristo no Egito, na Índia e no Tibet era Maia”. “Existiu um profundo Ocultismo Maia, conhecido sem dúvida por Cristo, que escolheu seus símbolos (Maias) como sustentação de suas ideias de amor fecundante”.

“Já não se pode supor que por casualidade haja escolhido a Cruz Maia, a Trindade e os Doze Apóstolos e muitos outros símbolos para sustentar o imenso sentido científico-religioso de suas pregações”.

É evidente que os Maias Atlantes trouxeram sua Religião-Sabedoria para a Mesoamérica. É indubitável que eles colonizaram o Tibet, a Babilônia, a Grécia, a Índia, etc. Não há dúvida de que a linguagem ritual do Kabir Jesus foi Maia...

Tudo isto só pode ser explicado integralmente através do tronco Atlante comum aos povos Americanos e Mediterrâneo-Semitas. Todos os ensinamentos religiosos da América primitiva, todos os sagrados cultos dos Incas, Maias e Astecas, os Deuses e Deusas dos antigos Gregos, Fenícios, Escandinavos, Indianos, etc., são de origem Atlante.

É urgente saber, é necessário compreender, que os Deuses e Deusas citados por Homero na Ilíada e na Odisseia foram Heróis, Reis e Rainhas na Atlântida. Todos os povos antigos veneraram e adoraram esses Deuses Santos que viveram na Atlântida e que agora habitam o Empíreo.

As religiões Egípcia, Inca, Maia, etc., foram as primitivas religiões Atlantes. O alfabeto Fenício, pai de todos os famosos alfabetos europeus, tem sua raiz em um antigo alfabeto Atlante, que foi corretamente transmitido aos Maias pelos Atlantes.

Todos os símbolos e hieróglifos dos Egípcios e dos Maias provêm da mesma fonte Atlante, e assim se explica sua semelhança, demasiado grande para ser resultado da casualidade. Os peles-vermelhas são descendentes da Atlântida.

As tribos de Anahuac, Zapotecas, Toltecas, etc., como quase todas as tribos da América índia, vieram da Atlântida, e jamais do Norte, como supõem sempre alguns ignorantes ilustrados. Os incultos que enfatizam a ideia de que as tribos da América índia vieram do Continente Asiático, passando pelo famoso estreito de Bhering, estão absolutamente equivocados, porque nem no Alasca nem muito menos no mencionado estreito existe o menor vestígio da passagem humana.

Os Turanianos também foram sobreviventes da Atlântida, desditosamente dedicados à Magia Negra. Eles conseguiram, também, chegar até o Tibet (para o cúmulo dos cúmulos), como chegaram outros descendentes, como os escolhidos Arianos, e emigraram para a Pérsia antiga.

Grande Lei, por fim, pôde vencê-los, e foram destruídos.


AS SETE SUB-RAÇAS


A semente de nossa raça Ária é nórdica, porém, ao mesclar-se com os sobreviventes Atlantes, deu origem às sub-raças do tronco Ário. Obviamente, cada raça tem sete sub-raças.

A primeira sub-raça se formou na Meseta Central da Ásia, que então se chamava Hashá. Houve ali uma poderosa civilização esotérica.

A segunda sub-raça floresceu no sul da Ásia na época pre-védica, e então se conheceu a sabedoria dos Rishis da Índia e os esplendores do antigo império chinês, etc., etc.

A terceira sub-raça se desenvolveu maravilhosamente no Egito, Pérsia, Caldéia, Babilônia, etc.

A quarta sub-raça resplandeceu com as civilizações da Grécia e Roma.

A Quinta foi perfeitamente manifestada com a Alemanha, Inglaterra e outros países.

A sexta resultou da mescla dos Espanhóis com as raças autóctones da América índia.

A sétima está perfeitamente manifestada no resultado de todas as mesclas diversas de raças, tal como hoje podemos evidenciar no território dos Estados Unidos.

Obviamente, os sete ramos do tronco Ário já existem plenamente, e isto está completamente demonstrado. É, pois, está a última sub-raça de nossa atual raça Ária, e isto merece ser refletido detidamente por todos.

As multidões Árias que habitam sobre a face da terra, separadas de seu tronco-pai (os Atlantes), já têm algo mais de um milhão de anos de existência, e, com toda a perversidade característica dos últimos tempos, se encontra às vésperas de sua aniquilação total...

A raça Ária, em vez de evoluir, involuiu, e sua corrupção é pior agora que a dos Atlantes; sua maldade é tão grande que já chegou até o céu; a raça Ária será destruída para que se cumpra a Profecia que Ra-Mu fez na submergida Atlântida:

“Se eles se esquecerem de que devem ser superiores, não pelo que adquirem, mas pelo que dão, a mesma sorte lhes caberá”.