Um aviador, observando uma tela de radar observou um alvo desconhecido a nordeste da estação de radar em Murphy's Dome.
De imediato estranhou o fato, porque o objeto encontrava-se em uma área habitada por poucos esquimós, onde não havia rotas aéreas. Ocasionalmente, um avião B-50, utilizado para estudos meteorológicos, sobrevoa a região, mas sempre durante o dia.
O misterioso objeto deslocava-se à uma velocidade de 1500 milhas por hora, a aproximadamente 23 mil pés de altitude. O controlador de serviço, um capitão da Força Aérea, solicitou o envio de um caça para interceptar o objeto. A Base Aérea mais próxima estava localizada 100 milhas ao sul do posto de radar, sendo que em questão de minutos um caça F-94 estava dirigindo-se para área designada pelo controlador.
Enquanto isso, os controladores, que estavam atentos ao radar, observaram que o alvo desconhecido se deslocou em linha reta, passando apenas a 50 milhas do posto, com uma velocidade estimada de 1.500 milhas por hora. O caça avançou em direção ao objeto que diminuiu a velocidade, pairou momentaneamente e deslocou-se em direção ao posto de radar. Quando o operador resolveu ajustar o radar para curto alcance, perdeu-se momentaneamente o sinal do OVNI e do caça.
Enquanto tentava recuperar os sinais, o caça passou sobre as instalações do radar. O controlador recomendou ao piloto que circundasse a área e tentasse ver ou captar algo pelo radar de bordo. O piloto, tenente C. E. Garret alertou que não tinha reserva de combustível e que logo teria que retornar para a base. Então o controlador solicitou a presença de um segundo caça F-94.
Enquanto isso, o controlador ajustava novamente o radar para longo alcance. Ao término do ajuste, os dois caças F-94 e o OVNI eram perfeitamente visíveis na tela do radar. Assim, o controlador pode guiar o segundo caça para interceptar o objeto, enquanto o primeiro caça retornava para a base. O OVNI aproximou-se novamente da estação de radar, sendo seguido pelo caça.
O controlador ajustou novamente o radar para curto alcance, perdendo novamente ambos os sinais. Ao voltar para o longo alcance os sinais do avião e do OVNI ainda não apareciam na tela do radar, em função da proximidade com a estação. Nesse meio tempo, o radar do caça captou o objeto nas proximidades da estação. Era um sinal fraco, à direita, posicionado a 28 mil pés de altitude.
O piloto manobrou e seguiu em direção ao alvo que subitamente desapareceu da tela do radar de bordo. O piloto manobrou o caça novamente em busca do objeto que surgiu novamente na tela do radar, desta vez de forma intensa, e aparentemente estacionário. Quando o caça se aproximou o objeto mergulhou desaparecendo novamente da tela de radar. Ao se afastar da estação, o radar local captou a presença do caça, mas não do OVNI.
Um terceiro caça F-94 decolou da base e tentou interceptar o objeto. Ao chegar ao local, o piloto circulou pela área por aproximadamente 10 minutos, mas nada apareceu em seu radar de bordo. Em dado momento, o estranho objeto surgiu novamente no radar de bordo, numa posição logo à frente do caça. Assustado com o grito do operador de radar do caça, o piloto subiu para evitar colidir com o estranho objeto, enquanto chamava o controle de radar de solo. Então o piloto realizou nova aproximação da estação de radar, seguida de mais outra.
A cada passagem o misterioso objeto permanecia estático no céu, sem temer a aproximação do caça, que em alguns casos chegou a 200 metros. O caça realizou ainda uma quarta passagem, obtendo desta vez um sinal fraco que se deslocava rapidamente a oeste. O radar de solo também captou o objeto deslocando-se em alta velocidade em direção a oeste.
A Força Aérea Americana atribui o episódio a uma poderosa inversão térmica que teria atingido a região na ocasião. Como sempre, explicações para casos desta natureza são muito questionáveis e são contestadas até mesmo por oficiais da própria Força Aérea. Entre os militares envolvidos no caso, a versão oficial é mera cortina de fumaça, visando ocultar um fato real. Eles citam, por exemplo, o fato de que o OVNI se mostrou ora como um sinal nítido e forte, ora como fraco e tênue.
Ora pairava estático, ora deslocava-se a 1.500 milhas por hora. Além disso, inversões térmicas no norte do Alasca são eventos extremamente raros, e mesmo que ocorresse ela afetaria o radar de solo, mas não estaria presente aos 25 mil pés de altura, em que os aviões se encontravam.
Fonte: Portal Fenomenum (https://www.fenomenum.com.br/ufo/casuistica/1950/alasca)